segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O MENINO E O SACO DE CARVÃO - estória para reflexão


 
O pequeno Zezinho entra em casa, batendo forte os pés no chão.Sua casa que era de assoalho fez ressoar o ruído.Seu pai, que estava indo ao quintal cuidar da horta, ao ver seu filho nervoso, fica preocupado e o chama para uma conversa.
Zezinho de oito anos de idade, o acompanha desconfiado, e antes que o pai lhe fale alguma coisa, fala irritado:
“Pai estou com muita raiva . O Paulinho não deveria ter feito o que fez comigo. Desejo tudo de ruim para ele.” 
O pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, o escuta calmamente .Porém o garoto, não para de reclamar.
“O Paulinho me humilhou na frente dos meus amigos; eu gostaria que ele ficasse doente e nunca mais fosse à escola.”
O pai escuta tudo enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e pediu ao menino que o acompanhasse.Calado, o filho observava curioso, cada movimento do pai.
Zezinho vê se o saco está aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer alguma pergunta, o pai lhe propõe algo:
“Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está no varal secando é seu amiguinho, e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto, para ver como ficou.” 
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos a obra. O varal com a camisa não estava muito perto e o jovenzinho tinha que se esmerar muito para conseguir atingir a camisa.Poucos pedaços de carvão acertaram o alvo.
Uma hora se passou e garoto terminou a tarefa . O pai que espiava tudo de longe, se aproxima e lhe pergunta:
Como você está sentindo-se agora meu filho? 
“Estou cansado, mas estou alegre, porque acertei bastante pedaços de carvão na camisa e aliviei-me bastante da raiva papai.Obrigado! 
O pai olha para o menino e carinhosamente lhe fala:
”Venha comigo até o quarto que eu quero mostrar a você uma cena muito especial.” 
Zezinho, curioso acompanha o genitor, que carinhosamente pega ao garoto ao colo e lhe mostra seu reflexo em um grande espelho.
Que susto!!! Só conseguia ver os olhos e seus dentinhos!
“Filho, se compararmos como você ficou, a camisa quase não se sujou: mas olhe-se bem! Na vida o mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, os resíduos e a fuligem ficam em nós mesmos. Ter raiva, ter inveja, ódio ou rancor, não nos levam a lugar algum. São sentimentos que apenas nos enfraquecem, geram doenças e impedem de aproveitarmos as coisas boas que acontecem ao nosso redor. Portanto, vamos esquecer as mágoas e tomar um delicioso banho!”

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