domingo, 22 de agosto de 2010

O MELHOR PARA NÓS


“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará.” – JESUS. (Mateus, 6:14)

Muito e sempre importante para nós o esquecimento de todos aqueles que assumam para conosco essa ou aquela atitude desagradável.

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Ninguém possui medida bastante capaz, a fim de avaliar as dificuldades alheias.

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Aquele que, a nosso ver, nos terá ferido, estaria varando esfogueado obstáculo quando nos deu a impressão disso. E, em superando semelhante empeço, haverá deixado cair sobre nós alguma ponta de seus próprios constrangimentos, transformando-se-nos muito mais em credor de apoio que em devedor de atenção.

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Em muitos episódios da vida, aqueles que nos prejudicam, ou nos magoam, freqüentemente se encontram de tal modo jungidos à tribulação que, no fundo, sofrem muito mais, pelo fato de nos criarem problemas, que nós mesmos, quando nos supomos vítimas deles.

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Quem saberia enumerar as ocasiões em que determinado companheiro terá sustado a própria queda, sob a força compulsiva da tentação, até que viesse a escorregar no caminho? Quem disporá de meios para reconhecer se o perseguidor está realmente lúcido ou conturbado, obsesso ou doente? Quem poderá desentranhar a verdade da mentira, nas crises de perturbação ou desordem? E quando a nuvem do crime se abate sobre a comunidade, que pessoa deterá tanta percuciência para conhecer o ponto exato em que se haverá originado o fio tenebroso da culpa?
À vista disso, compreendamos que o esquecimento dos males que nos assediem é defesa de nosso próprio equilíbrio, e que, nos dias em que a injúria nos bata em rosto, o perdão, muito mais que uma bênção para os nossos supostos ofensores, é e será sempre o melhor para nós.

(De “Ceifa de Luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

Paz e Luz

TRANQÜILIDADE

1. Comece o dia na luz da Oração.
O amor de Deus nunca falha.

2. Aceite qualquer dificuldade sem discutir.
Hoje é o tempo de fazer o melhor.

3. Trabalhe com alegria.
O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal de ouro maciço, é um cadáver que pensa.

4. Faça o bem o quanto possa.
Cada criatura transita entre as próprias criações.

5. Valorize os minutos.
Tudo volta, com exceção da hora perdida.

6. Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações.
Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.

7. Estime a simplicidade.
O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.

8. Perdoe sem condições.
Irritar-se é o melhor processo de perder.

9. Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa.
Experimente atender os familiares como você trata as visitas.

10. Em favor de sua paz conserve fidelidade a si mesmo.

Lembre-se de que, no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo, solitário e vencido, era a causa de Deus.

Espírito: ANDRÉ LUIZ
Médium: Francisco Cândido Xavier


Paz e Luz

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Simplesmente um sentido

 “... Admira-se, por vezes, que a mediunidade seja concedida a pessoas indignas e capazes de fazer mau uso dela...”



“... a mediunidade se prende a uma disposição orgânica da qual todo homem pode estar dotado, como a de ver, de ouvir, de falar...” (ESE Capítulo 24, item 12.)


Mediunidade é uma percepção mental por meio da qual a alma sutiliza, estimula e aguça seus sentidos, a fim de penetrar na essência das coisas e das pessoas. E uma das formas que possuímos para sentir a vida, é o “poder de sensibilização” para ver e ouvir melhor a excelência da criação divina.
Faculdade comum a todos, é nosso sexto sentido, ou seja, o sentido que capta, interpreta, organiza, percebe e sintetiza os outros cinco sentidos conhecidos.
Nossa humanidade, à medida que aprende a desenvolver suas impressões sensoriais básicas, automaticamente desenvolve também a mediunidade, como conseqüência. Também conhecida como intuição ou inspiração, é ela que define nossa interação com o mundo físico-espiritual.
As reflexões direcionadas para as áreas morais e intelec­tuais são muito importantes, pois abrem contatos como “perceber” ou com o “captar”, o que nos permite ouvir amplamente as “sono­ridades espirituais” que existem nas faixas etéreas, das diversas di­mensões invisíveis do Universo.
Por outro lado, a mediunidade nunca deverá ser vista como “láurea” ou “corretivo”, mas unicamente como “receptor sensório” - produto do processo de desenvolvimento da natureza humana.
Foram imensos os tempos da ignorância, em que a ela atri­buíam o epíteto de “dádiva dos deuses” ou “barganha demoníaca”; na atualidade, porém, está cada vez mais sendo vista com maior naturalidade, como um fenômeno espontâneo ligado a predispo­sições orgânicas dos indivíduos.
Ver, todos nós vemos, a não ser que tenhamos obstrução dos órgãos visuais; já as formas de ver são peculiares a cada sensi­tivo. Escutar é fenômeno comum; no entanto, a capacidade de ouvir além das aparências das coisas e das palavras articuladas é fator de lucidez para quem já desenvolveu o “auscultar” das profundezas do espírito.
Além do mais, a facilidade de comunicação com outras di­mensões espirituais não é dada somente aos chamados “agraciados” ou “dignos”, conforme nossa estreita maneira de ver. Como a Na­tureza Divina tem uma visão igualitária, concedendo a seus filhos, sem distinção, as mesmas oportunidades de progresso, é autêntica a sábia assertiva: “Deus não quer a morte do ímpio”, (1) mas que ele cresça e amadureça dispondo da multiplicidade das faculdades comuns a todos, herança divina do Criador para suas criaturas.
Por isso, encontramo-la nos mais diferentes patamares evolutivos, das classes sociais e intelectivas mais diferenciadas até as mais variadas nacionalidades e credos religiosos. Embora com denominações diferentes, a mediunidade sempre esteve presente entre as criaturas humanas desde a mais remota primitividade.
A propósito, não precisamos ter a preocupação de “desenvolver mediunidade”, porque ela, por si só, se desenvolve­rá. É imprescindível, entretanto, aperfeiçoá-la e esmerá-la quan­do ela se manifestar espontaneamente. Nunca forçá-la a “acon­tecer”, porque, ao invés de deixarmos transcorrer o processo natural, nós iremos simplesmente “fazer força”, ou melhor, “agir improdutivamente”.
Em vista disso, treinamentos desgastantes para despertar em nós “dons naturais” é incoerente. Saber esperar o amadureci­mento dos órgãos infantis é o que nos possibilitou ver, falar, an­dar, ouvir, sentir, saborear ou preferir. Por que então a mediuni­dade, considerada uma aptidão ontogenética do organismo huma­no, necessitaria de tantas implicações e imposições para atingir a plenitude?
Aprofundando nossas apreciações neste estudo, encon­tramos, no “dia de Pentecostes”, (2) uma das maiores afirmações de que são espontâneas as manifestações mediúnicas e de que é natur­al seu despertar junto aos homens, quando foram desenvolvidas repentinamente as possibilidades psicofônicas dos apóstolos ao pousar “línguas de fogo”, isto é, “mentes iluminadas” sobre suas cabeças, sem que eles esperassem ou invocassem o fenômeno.
A sensibilização progressiva da humanidade é uma realidade. Ela se processa, nos tempos atuais, de maneira indiscutí­vel, pois, em verdade, “o Espírito é derramado sobre toda a carne”, (3) tomando os efeitos espirituais cada vez mais eloqüentes, incon­testáveis e generalizados.

(1) Ezequiel 33:11.
(2) Atos 2:1 ao 8.
(3)Atos 2:17.





Paz e Luz

MEDIANTE ESFORÇO



A siderurgia transforma a estrutura dos metais e trabalha-os para finalidades compatíveis com programas adrede estabelecidos.
Artistas alteram as formas de pedras, do bronze, do cobre, do ouro, da prata, da matéria e transmitem-lhes vida, arrancando-lhes das entranhas, sob inspiração e esforço, a beleza e a utilidade para o enriquecimento da sociedade.
Débil raiz cravada na frincha de uma rocha, obedecendo ao finalismo da sua existência, fende a pedra rude e sustenta a planta que sobre ela se desenvolve.
A vida responde de acordo com a ação desencadeada.
O violento tropeça com a truculência a cada passo.
A paciência encontra a harmonia quando persiste.
O sanguinário torna-se vítima da própria impetuosidade.
O pacifista adquire tranqüilidade enquanto defende os ideais que o dominam.
O intrigante padece da neurose do medo.
A lealdade produz confiança.
A irritabilidade leva às ulcerações gástricas, duodenais e ao desequilíbrio da emoção.
A concórdia gera harmonia em toda pessoa e lugar.
O mal é sombra pelo caminho de quem lhe sofre a ação.
O bem é luz irradiante a produzir alegria.
Amolda-te ao programa do dever de crescer para Deus, “domando as más inclinações”, a princípio nas imperfeições de pequena monta, mediante cujo exercício te condicionarás para a vitória sobre as paixões mórbidas que procedem do passado delituoso e de que te deves libertar em definitivo.
O homem torna-se o que se trabalha.
Não há milagre de transformação moral, em quem não se exercitou nas realizações humanas para a própria sublimação pessoal.


(De: “Alegria de Viver”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis).



Paz e Luz

Elementais da Natureza


Quero com esse artigo, enaltecer o trabalho desses irmãozinhos que tanto auxiliam em meus trabalhos diários com Apometria e Anti-goécia e, levar a você que nesse instante acessa meu site, algumas informações sobre esses nossos queridos irmãos de pura Luz.
Todos os reinos da natureza são povoados por seres vivos imateriais, que vivificam e guardam essas dimensões vibratórias, que constituem seu habitat. Em princípio, todos os espíritos da natureza podem ser utilizados pelos homens nas mais variadas tarefas espirituais, para fins úteis. Estes seres, veladores silenciosos que são, cuidam da proteção energética de Planetas, Sistemas, Universos, Galáxias. São encarregados também da recepção dos apelos dos seres humanos, energizando-os e elevando-os ao Pai, recolocando-os qualificados e atendidos diretamente ao alcance da humanidade.
Devemos a Paracelsus, Theophrastus Bombastus Von Hohenheim, químico e médico, nascido na Suíça em 1493, teoricamente desencarnado em 1541, a criação da denominação classificatória dos elementais.
“Teoricamente”, porque nunca foram encontrados os seus restos mortais. Paracelsus, foi um dos personagens vividos por nosso querido Mestre Ascencionado Saint Germain.
Elemental significa “Espírito Divino”. El = senhor; mental = vibração mental superior. Estes são os espíritos da natureza.
Deus, concedeu a três Reinos, paralelamente, a oportunidade de evolução e estes três Reinos são: Elemental, Angelical e Humano.
A história mesmo fala sobre os seres elementais, desde a mais remota antiguidade. E, os antepassados de toda a humanidade legaram inúmeros relatos a respeito dos mesmos.
No início da humanidade na Terra, os seres da natureza, encarregados de cada elemento, cuidaram para que tudo fosse feito com exatidão e ordem:
1) - A Terra ainda sendo uma massa de gases de matéria incandescente radioativa, coube naquele momento aos elementais do fogo executarem seu trabalho;
2) - Na época dos grandes ventos, os elementais do ar, zelaram pela evolução desses gases de modo a tornar o ambiente apto a receber formas de vida:
3) - Quando esses gases se precipitaram sobre a água, os elementais da água modificaram o aspecto denso desse líquido;
4) - Então, iniciou-se a solidificação, surgindo aos poucos os continentes que foram fertilizados pelos elementais da terra.
A criação representa um todo inseparável, uma corrente cujos elos não podem ser rompidos.
Os Elementais são os dinamizadores das energias das formas e integram-se aos Elementos da Natureza:
Elemento Terra: Esse elemento e seus dinamizadores trabalham para que a humanidade tenha corpos perfeitos, e possam desenvolver suas atividades espirituais a nível cósmico. A ação qualificadora destes seres é representada por vulcões e terremotos. No nosso corpo, este elemento é representado pelos sais minerais. Livres da ganância, nos aproximamos dos Seres da Terra.
Trabalhando com a terra temos: Os Gnomos e os Duendes, que são entidades que habitam as florestas e lugares desertos. Têm a forma semelhante aos anões e atuam sobre tudo e, sobre todos os que habitam ou transitam nas matas e florestas, dando sinais através de Bicho de Pau, cobras e aves como a Graúna, Melro e semelhantes. Altura aproximada de 15 a 20 cm.
Elemento Água: Este elemento e os seres que fazem parte dele estão relacionados ao nosso corpo emocional, tendo a função de depurá-lo. No plano físico, são grandes agentes de purificação da atmosfera e principalmente na agricultura. Sua ação qualificadora é demonstrada em enchentes, maremotos etc. No corpo humano, o elemento líquido representa 70% do seu volume. Livres das fraquezas, através da firmeza, nos aproximamos dos Seres da Água.
Trabalhando com a água temos: As Ondinas ou Ninfas, que são entidades do amor, que vivem nas águas do mar, lagos, lagoas, rios e cachoeiras, semelhantes às graciosas mocinhas de cabelos longos. Comandam toda a fauna aquática e podem encaixar (incorporar) na forma de sereias, dragões, serpentes marinhas, gaivotas, etc... Altura aproximada de 30 cm.
Elemento Fogo: Esse elemento, e todos os seres que habitam o mesmo, representam a maior força possível, uma vez que são a expressão do próprio Fogo Sagrado de onde provém as várias chamas atuantes nos universos. A ação qualificadora deste elemento provém das atividades vulcânicas e grandes queimadas. No corpo humano, esse elemento funciona através da temperatura, expressões emotivas e psíquicas. Dominando as nossas paixões, nos aproximamos desses seres.
Trabalhando com o fogo temos: As Salamandras, que são entidades diretas do fogo, que não possuem forma definida. Tem-se, quando as vemos, a impressão de uma forma fundamentalmente humana, o rosto, quando não é velado pelas chamas, é de aparência humana, mas a maior parte das vezes apresentam-se na forma de lagartixas, camaleões ou escorpiões. Altura aproximada de 70 a 90 cm.
Elemento Ar: Esse elemento e seus dinamizadores são de extrema importância, para a manutenção da vida no plano físico. Sem o Ar, o ser humano não pode sobreviver. A atividade benéfica dos Seres do Ar é sentida na brisa, no impulso dos barcos, navios e aviões. Sua atividade qualificadora está nos furacões, ciclones, tempestades. No corpo do homem o ar está na respiração, no alento divino. Com a constância, o homem aproxima-se dos seres do ar.
Trabalhando com o ar temos: Os Silfos, que são entidades de pequena estatura, de poderes mágicos, que os diferem dos outros espíritos da natureza, por serem de uma constituição sem forma definida, uma massa semi-sólida de substância etérea. Exemplo: Fumaça, efeitos de luz através dos pirilampos, Aurora Boreal, arco-íris, etc... Altura aproximada de 10 cm.
Além dos irmãozinhos acima relacionados temos ainda as Fadas, os Elfos e o as Avissais, que especifico abaixo com mais alguns detalhes:
Fadas - Elementais Ecléticos: São entidades voláteis, que atuam em todos os reinos da natureza, segundo a necessidade ou ordens recebidas. Apresentam-se muito belas e esvoaçantes em fascinantes evoluções, interferindo na coloração e matiz de tudo que existe no planeta. Altura aproximada de 30 cm.
Elfos – Elementais dos Metais: São entidades em muito semelhante aos SILFOS, sem forma corpórea definida, pois aparecem, da combinação do Ar e do Fogo sobre os metais. Por serem elementais belicosos, atuam amiúde através de cães, gatos e galos de briga. Altura aproximada de 20 cm.
Avissais - Elementais da Terra: São entidades que entrelaçam os elementos da terra e da água, e apresentam-se em massa disforme, porém bem densa e atuam na água e na terra.
a) Na água: Através dos cavalos marinhos, peixes-espada, camarões e crustáceos em geral, pois são seres que se alimentam do lodo aquático.
b) Na terra: Através das minhocas, lesmas, caramujos e semelhantes, pois são seres que se alimentam da umidade do lodo da terra.

Os Elementais da Natureza e a Umbanda

Na Umbanda, invocam-se representantes das 7 linhas dentre as quais, os Caboclos, Marujos, Pretos Velhos, etc. Muitos "trabalhos" de magia negra, são jogados no mar ou em rios que dificultam a sua localização para o "desmanche", nesses casos, podemos invocar esses trabalhadores para que os localizem e os tragam para que se possa desfazer o mal feito.
Faço a seguir um comparativo, com o intuito de ajudar e complementar o seu entendimento sobre nossos irmãozinhos energéticos, aliando-os ao plano dos orixás.
Plano 7 – Chacra Coronário – Oxalá – Silfos
Plano 6 – Chacra Frontal – Senhoras – Ondinas ou Ninfas
Plano 5 – Chacra Laríngeo – Ibeji – Fadas
Plano 4 – Chacra Cardíaco – Xangô – Salamandras
Plano 3 – Chacra Plexo Solar – Ogum – Elfos
Plano 2 – Chacra Umbilical – Oxossi – Gnomos e Duendes
Plano 1 – Chacra Básico – Almas – Avissais

Os elementais ou espíritos da natureza são naturalmente puros. Não se contaminam com dúvidas dissociativas, com egoísmo ou com inveja, como acontece com os homens, a não ser que sejam deturpados. Predominam, neles, inocência e ingenuidade cristalinas. Prontos a servir, acorrem solícitos ao nosso chamamento, desejosos de executar nossas ordens.
Nunca, porém, devemos utilizá-los em tarefas menos dignas, ou a serviço de interesses mesquinhos e aviltantes. Aquilo que fizerem de errado, enganados por nós, refluirá inevitavelmente em prejuízo de nós próprios (Lei do Carma).
Além disso, devemos utilizar os seus serviços na justa medida da tarefa a executar, para que eles não se escravizem aos nossos caprichos e interesses. Nunca esqueçamos de que eles como nós, são seres livres, que vivem na Natureza e nela fazem sua evolução e que nós mesmos para chegarmos onde hoje estamos, passamos por esse processo de evolução.
Podemos convocá-los ao serviço do Amor, para o bem de nossos semelhantes já que, com isso, lhes aceleramos a evolução. Mas é preciso respeitá-los e muito.
Se deles fizermos escravos, ficaremos responsáveis por seus destinos, mesmo porque eles não mais nos abandonam, exigindo amparo e proteção como se fossem animaizinhos domésticos. Com isso, podem nos prejudicar, embora não se dêem conta disso.
As Leis Divinas devem ser observadas. Terminada a tarefa que lhes confiamos, cumpre liberá-los imediatamente, agradecendo a colaboração e pedindo a Deus que os abençoe.

Evolução

A escalada da evolução, parte dos pequenos elementais da terra seguindo até os dirigentes de grandes extensões e compreensão, chamados Devas e Elohim.
Elohim: São os dirigentes do Reino, ponto alto da Hierarquia Elemental. Trabalham junto aos Mestres Ascensionados e Arcanjos. São doadores do modelo divino para formação dos espaços materiais.
Deva: Palavra sânscrita que significa “Ser Brilhante”. São encarregados da dinamização de grandes áreas como: mares, florestas, cadeias de montanhas, grandes árvores, tendo a seu encargo a instrução de seres menores no trabalho da natureza.

A invisibilidade desses seres

Os materialistas, não acreditam na existência dos Seres da Natureza alegando não serem visíveis. A invisibilidade desses seres é explicada pelo fato de serem formas etéricas, habitantes de planos energéticos com múltiplas graduações, não perceptíveis aos olhos humanos.
Muitas observações mostram que os Elementais usam duas formas distintas:
a) O Corpo Astral Permanente.
b) Um veículo etérico materializado temporariamente.
As ações resultantes do seu trabalho, sim, são visíveis. Como exemplo histórico, cito a Comunidade de Findhorn (Escócia). Num local totalmente impróprio para a agricultura, fizeram surgir, com sua orientação, flores, verduras, árvores frutíferas etc. Na ocasião (1962), este fato chamou atenção das autoridades governamentais do país, que mandaram examinar o local.
Nos exames foi constatada ausência de qualquer ingrediente químico e que a terra havia sido enriquecida de forma natural e inteligente. Participemos junto aos Elementais na evolução do Planeta Terra. Assim teremos efetuado nosso papel como co-criadores universais.
A pergunta que fica é: Por que insistimos tanto em não vermos quem de fato somos? Muita coisa poderia ser diferente em nossas vidas, bastando apenas que prestássemos um pouco mais de atenção à nossa volta!

Família Cósmica

Temos uma família cósmica que nos acompanha na caminhada da Evolução. Façamos com eles então uma aliança de intenções, para que nos ajudem a manter a saúde em nossos corpos, o que nos manterá saudáveis e conectados com nossa divindade interna.

Sintonizando o Reino dos Elementais

Condições ideais para contatar os Elementais:

1) Com base nas condições climáticas, podemos ser ajudados no contato:

Primavera: Terra / Água = Junho, Julho, Agosto.
Inverno: Água / Ar = Março, Abril, Maio.
Outono: Ar / Fogo = Dezembro, Janeiro, Fevereiro.
Verão: Fogo / Terra = Setembro, Outubro, Novembro.

Elemento Signo Elemental

Fogo Áries / Leão / Sagitário Salamandra
Terra Touro / Capricórnio / Virgem Gnomo
Ar Gêmeos / Libra / Aquário Silfo
Água Câncer / Escorpião / Peixes Ondina
Éter É a substância de onde emanam todos os elementos da criação, elementais e signos.

2) Tendo como base o signo:

Filhos da Terra

Estes terão de encarar o desafio de enfrentar os estímulos energéticos do mundo ao redor. É importante revigorar a conexão com a energia do gnomo pessoal andando descalço no barro ou grama. Passar algum tempo junto a plantas e árvores. São ligados ao Arcanjo Uriel.

Filhos da Água

Nestes predomina o intenso envolvimento emocional. Necessitam da a proximidade com a água. A imersão total é o ideal, pois fortalece a ondina pessoal, uma vez que a água é sua força equilibradora. São ligados ao Arcanjo Gabriel.

Filhos do Ar

Nestes predomina a ordem mental e o envolvimento social. Para recarregar o elemento primordial e fortalecer o silfo pessoal, precisam de ar puro e eletricamente carregado. Topos de montanha, locais afastados da umidade, onde o ar é seco e vivificante, é muito bom para reconectá-los. São ligados ao Arcanjo Rafael.

Filhos do Fogo

As pessoas do fogo necessitam de muito sol e atividades vigorosas para realimentar seus veículos. Necessitam passar bastante tempo ao ar livre. Os lugares onde o sol brilha com força e intensidade são essenciais a sua saúde e ligação com a salamandra pessoal, bem como com os demais elementos. São ligados ao Arcanjo Miguel.

Palermo

http://web.prover.com.br/nominato/
http://www.amaluz.com.br/home.htm
http://geocities.yahoo.com.br/ger-rio/
http://www.comandoestelar.locaweb.com.br/
http://www.velatropa.com/
http://filhosdosol.atspace.com/
http://www.centramento.com.br/

domingo, 15 de agosto de 2010

Refugia-te Em Paz


“ Havia muitos que íam e vinham e não tinham tempo para comer.”– (MARCOS, 6:31.)

  O convite do Mestre, para que os discípulos procurem o lugar à parte, a fim de repousarem a mente e o coração na prece, é cada vez mais oportuno.
  Todas as estradas terrestres estão cheias dos que vão e vem, atormentados pelos interesses imediatistas, sem encontrarem tempo para a recepção de alimento espiritual. Inúmeras pessoas atravessam a senda, famintas de ouro, e voltam carregadas de desilusões. Outras muitas correm às aventuras, sedentas de novidade emocional, e regressam com o tédio destruidor.
  Nunca houve no mundo tantos templos de pedra, como agora, para as manifestações de religiosidade, e jamais apareceu tamanho volume de desencanto nas almas.
  A legislação trabalhista vem reduzindo a atividade das mãos, como nunca; no entanto, em tempo algum surgiram preocupações tão angustiosas como na atualidade.
  As máquinas da civilização moderna limitaram espantosamente o esforço humano, todavia, as aflições culminam, presentemente, em guerras de arrasamento científico.
  Avançou a técnica da produção econômica em todos os setores, selecionando o algodão e o trigo por intensificar-lhes as colheitas, mas, para os olhos que contemplam a paisagem mundial, jamais se verificou entre os encarnados tamanha escassez de pão e vestuário.
  Aprimoraram-se as teorias sociais de solidariedade e nunca houve tanta discórdia.
  Como acontecia nos tempos da permanência de Jesus no apostolado, a maioria dos homens permanece no vaivém dos caminhos, entre a procura desorientada e o achado falso, entre a mocidade leviana e a velhice desiludida, entre a saúde menosprezada e a moléstia sem proveito, entre a encarnação perdida e a desencarnação em desespero.
  Ó meu amigo, se adotaste efetivamente o aprendizado com o Divino Mestre, retira-te a um lugar à parte, e cultiva os interesses de tua alma.
  É possível que não encontres o jardim exterior que facilite a meditação, nem algum pedaço de natureza física onde repouses do cansaço material, todavia, penetra o santuário, dentro de ti mesmo.
  Há muitos sentimentos que te animam há séculos, imitando, em teu íntimo, o fluxo e o refluxo da multidão.    
  Passam apressados de teu coração ao cérebro e voltam do cérebro ao coração, sempre os mesmos, incapacitados de acesso à luz espiritual. São os princípios fantasistas de paz e justiça, de amor e felicidade que o plano da carne te impôs. Em certas circunstancias da experiência transitória, podem ser úteis, entretanto não vivas exclusivamente ao lado deles.
  Exerceriam sobre ti o cativeiro infernal.
  Refugia-te no templo à parte, dentro de tua alma, porque somente aí encontrarás as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais, a que o Senhor te destinou.
 
Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier Livro: Fonte Viva.

MUITO ALÉM DAS PAREDES...







"O ambiente de uma casa também reflete o estado d'alma de seus moradores"

Irmão José.



Um bom ambiente em casa é resultado de vários fatores. Começa pela ordem e pela higiene. Não há dúvida de que a organização e limpeza favorecem o clima de bem-estar dentro do lar. Ninguém se sentirá bem em um lugar onde roupas são largadas no chão, onde a sujeira e o mau cheiro predominam. Minha mãe fazia questão de, ao amanhecer, deixar abertas as janelas de casa, dizia que era preciso arejá-la. Um provérbio árabe afirma: "Na casa que entra sol, não entra médico". Talvez por isso pessoas deprimidas gostem de quartos escuros e fechados. Ar puro é renovação, sol é vigor e alegria.



O clima do lar também é fruto do estado mental dos seus integrantes. O ambiente emocional de uma casa é o reflexo dos seus moradores. Alguns dizem: "Esta casa está carregada", esquecendo-se de que "carregados" podem estar os que nela residem. Pensamentos negativos e sentimentos inferiores, quando constantes, poluem a atmosfera psíquica do ambiente. É interessante observar que fora do lar somos pessoas alegres, bem-humoradas, cordatas. Entretanto, quando entramos em casa, despejamos um lixo de mau humor e azedume em nossos entes queridos. O jovem filho percebe o clima ao dizer "a barra está pesada lá em casa". E está mesmo. O clima astral dentro do lar torna-se denso por conta de nosso estado emocional desequilibrado. A alegria é um poderoso elixir capaz de sanear o clima negativo, uma virtude que deve ser cultivada por todos os membros da família. Ela dissolve tristezas, combate a depressão e nos dá ânimo para enfrentar as adversidades do caminho. O sorriso, por sua vez, pode operar mudanças benéficas em nós e em quem o recebe, pois é um excelente condutor de alegrias. É sábio o conselho de Emmet Fox:



"O efeito de um sorriso nas outras pessoas não é menos notável. Desarma a desconfiança, dissolve o medo e a raiva e traz à luz o melhor da outra pessoa - e esse melhor ela imediatamente passa a lhe dar".



Necessitamos de mais bom humor para que o astral de casa seja positivo. Ouvir boa música também favorece o relaxamento das tensões emocionais que tanto dificultam os relacionamentos.



Outro fator importante é o teor das palavras que utilizamos. Gritarias, discussões, anedotário pornográfico, palavras sarcásticas e vulgares, fofocas, zombarias são venenos perigosos que lançamos na atmosfera doméstica e que também irão impregnar a água e os alimentos de fluídos prejudiciais à nossa saúde. Quando discutimos na hora da refeição, temperamos a comida com energias negativas, provocando distúrbios digestivos.



Devemos ter atenção redobrada para o que vemos na televisão. Programas que exploram cenas deprimentes e violentas, que só comentam crimes e tragédias, além de nos encher de medo, criam um clima de intranqüilidade no lar. Essas vibrações negativas são sustentadas todas as vezes que comentamos o que vimos com o único propósito de exaltar o mal. É quase impossível andar na lama sem se sujar. Por isso o mal não merece comentário algum, adverte André Luiz.



Filmes de terror enfraquecem nossas barreiras espirituais e nos põem em contato mais direto com energias mórbidas. Fui procurado por uma senhora que me narrou seu drama, ao permitir que a filha de nove anos assistisse a um filme de terror. O resultado foi que a garota ficou traumatizada, tinha medo de ir à escola, pesadelos constantes lhe tiravam o sono, perdeu o apetite e adoecia com freqüência. A menina precisou de acompanhamento médico e psicológico, e eu ainda sugeri, como complemento, tratamento espiritual; somente depois de seis meses de remédios, terapias e passes é que conseguiu superar o problema.



A internet também merece atenção de nossa parte. Apesar de seus inegáveis benefícios, há riscos que não podem ser ignorados, sobretudo pelos pais. A possibilidade de acesso a uma infinidade de informações com um simples clicar de um botão pode expor a criança ao contato com assuntos que estão fora de sua capacidade de compreensão, gerando distorções preocupantes. Os filhos poderão ter acesso a sites pornográficos, bem como a pessoas que exploram a pornografia infantil. Por conta desses riscos, não podemos vedar o uso da internet pelos filhos, pois se eles não a acessarem em casa vão fazê-lo na escola ou na casa de amigos. Melhor que o façam sob a vigilância dos pais.



Os adultos também nao estão livres desse perigo, diria que podem estar até mais expostos. Sem mencionar o fato, não menos preocupante, de a pessoa passar mais tempo com o computador do que com a família, vem crescendo o número de cônjuges procurando aventuras amorosas pela internet. No Japão, a venda de preservativos vem diminuindo por causa do sexo virtual, um curioso sexo sem contato a dois. Não nos cabe neste livro tecer comentários sobre o assunto, porém, no âmbito da família, a conduta do cônjuge que busca esse tipo de prática não deixa de representar um adultério. Nos tribunais, pedidos de separação judicial já estão sendo formulados com essa alegação.



Ao lado dessa questão, surge outra também relevante. Nao se pode ignorar que, conquanto virtual, a ligação energética entre os iternautas é real, capaz, portanto, de produzir efeitos nocivos para o ambiente doméstico, sobretudo para o casal. Marido e mulher, quando se amam, formam um campo energético vigoroso, capaz de isolar o lar de perturbações negativas. Além do mais, o amor existente entre o casal atrai a simpatia e o concurso dos bons espíritos responsáveis pela proteção do lar.



"Quando um dos cônjuges começa sentimentalmente a se afastar do outro, e o sexo virtual com outra pessoa é uma dessas possibilidades, aquele campo de energias envolvendo o casal vai apresentando fissuras, podendo até se romper definitivamente.



A primeira conseqüência disso é o esfriamento do amor entre o casal, pois um dos cônjuges está ligado vibratoriamente a outra pessoa. Em seguida, essa ligação de baixa vibração energética, já que resultante de desejos desequilibrados, fica carregada de fluídos nocivos lançados por espíritos levianos e infesta o lar de cargas tóxicas profundamente danosas. O ambiente em casa torna-se asfixiante, o casal terá discussões mais freqüentes, os filhos poderão adoecer com mais intensidade, os vícios se tornarão mais comuns - enfim, é a falência do casamento. Alguns dirão que estou com a imaginação desvairada, mas o que eu digo é fruto da observação de vários casos que chegaram ao meu conhecimento. O sexo pode ser virtual, mas as conseqüências são reais e destruidoras.



Podemos observar que para ter uma casa limpa precisamos muito mais do que água e sabão. Que tal uma faxina, ainda hoje?



(Do Livro "Com os Olhos do Coração - Os Segredos do Bom Relacionamento Familiar" - José Carlos De Lucca).

sábado, 7 de agosto de 2010

As crianças índigo e o movimento espírita



Como explicar a adesão de lideranças e instituções em uma tese tão absurda.

Por Dora Incontri

A entrada livre do movimento índigo dentro do movimento espírita brasileiro revela apenas o que os espíritas conscientes já sabem (e estes infelizmente são em muito pequeno número): nosso movimento anda longe da trilha proposta por Kardec. Entenda-se que não tomamos aqui essa trilha como um conjunto de dogmas fixos, como um sistema fechado de pensamento. O espiritismo – como queria Kardec – deve estar inserido no mundo, na cultura de seu tempo, deve dialogar com outras correntes de pensamento, deve continuar seu caminho de ciência e de pesquisa.

Mas para isto é preciso um método. A principal contribuição de Kardec foi a criação de um método de abordagem da realidade, que inclui a observação científica, a reflexão filosófica e a revelação espiritual. Esses três caminhos convergem na busca da verdade e um elemento controla o outro. Não se pode aceitar cegamente o que vem pela revelação mediúnica – é preciso passá-la pelo crivo da razão e pela análise do método científico. Aliás, somos nós, encarnados, que fazemos a ciência, e não os Espíritos, que vêm apenas nos intuir, nos ajudar, sobretudo no plano moral. Uma ciência que supostamente nos viesse pronta do Além já deveria ser motivo de desconfiança e é própria de Espíritos pseudo-sábios.

No caso de Lee Carrol, Jan Tober e o Espírito de Kryon (que a tradução brasileira mudou para médium Kryon, quando se trata de um Espírito que se afirma extra-terrestre e o Espírito mais próximo de Deus!), defrontamo-nos com uma grande mistificação, com fins comerciais, sem nenhuma racionalidade, sem nenhum critério científico... e os espíritas embarcaram gostosamente na idéia. Por quê?

Alguns certamente o fizeram de boa-fé, outros com claros interesses financeiros, porque se trata de um tema vendável, na linha de auto-ajuda descompromissada, aquela que agrada ao leitor, por trazer receitinhas prontas de como tratar um filho índigo – e muitos podem se iludir no orgulho de ter um filho de aura azul, predestinado a mudar o mundo, um mutante genético!

Os que aceitaram a idéia de boa-fé não são menos desculpáveis, principalmente em se tratando de lideranças, formadoras de opinião, que publicam livros, fazem palestras, porque deveriam ter a responsabilidade ética e intelectual de falar apenas sobre aquilo que pesquisaram em profundidade e manifestarem uma opinião abalizada sobre o assunto. Aos que fazem publicações com fins comerciais, não temos o que dizer. Kardec advertia que contra interesses não há fatos que prevaleçam.

É preciso esclarecer bem o que criticamos na questão de fins comerciais, pois temos também uma editora e podemos ser mal interpretados. É óbvio que o setor editorial espírita precisa ser profissional, movimentar dinheiro, contratar pessoas, trabalhar na base do profissionalismo e não do amadorismo. Isto também vale para uma escola, uma universidade, um empreendimento qualquer que leve o nome de espírita. Ou seja, temos pleno direito ético de vender um livro espírita (porque senão não podemos publicar outros), de cobrar um curso ou um congresso, para cobrir os custos e, inclusive, para reinvestirmos na própria divulgação do espiritismo. O que criticamos, que é próprio da mentalidade capitalista, é quando passamos o lucro na frente do ideal. Ou seja, quando traímos os princípios da doutrina espírita, publicamos qualquer coisa, para ganhar dinheiro, fazemos qualquer negócio, para obter dividendos e buscamos com isso enriquecimento pessoal.

É isso o que o capitalismo preconiza: lucro acima de tudo e princípios éticos totalmente descartáveis e secundários. A qualidade de um produto, as responsabilidades social, ideológica, moral ficam subordinadas ao desejo de venda fácil. As editoras espíritas que trabalham seriamente, com cultura e livros de conteúdo, sabem o quanto é preciso se sacrificar para manter bem alto o ideal!


A falta do espírito crítico

O outro aspecto comprometedor que afasta o movimento espírita do rumo de Kardec é a ausência de criticidade, debates e exame livre das questões. Quando surgem às vezes alguns críticos, cometem o deslize que discutir pessoas, ao invés de discutir idéias. Mas a grande maioria, acostumada à cultura do “brasileiro cordial”, acrescida pelo estereótipo de “espírita caridoso”, não está habituada a nenhum exercício de crítica construtiva. Considera-se que crítica é falta de caridade.

Ora, Kardec, nos 12 volumes da Revista Espírita, estabelecia um debate eloqüente, ardido e, muitas vezes, usando aquele fino espírito francês de ironia, para colocar-se ante adversários e para esclarecer questões polêmicas. Não que transformasse as páginas da Revista em arena de combate, mas não deixava de exercitar o saudável espírito da análise crítica, inclusive como instrumento de construção do conhecimento espírita.

Todos os grandes pensadores agiram assim. Basta lembrar Sócrates, com sua fina ironia, debatendo com os sofistas; basta rememorar Descartes, com seu método racionalista, desmontando a teologia jesuítica. Toda a história do pensamento humano constitui-se no debate de idéias.

Quando a discussão é implicitamente proibida, cria-se o autoritarismo disfarçado, a idolatria por líderes, que passam a pontificar sem nenhum questionamento, dominando as consciências, e não há progresso e nem liberdade de pensamento.

É isso o que se vê no meio espírita atualmente. Qualquer pessoa pode publicar, falar, pontificar o que for, e ninguém rebate uma vírgula, ninguém faz uma objeção. Por isso, multiplicam-se os absurdos e estamos imersos numa avalanche de frivolidades.

Enquanto não aprendermos a debater sem melindres, a discutir idéias sem paixões pessoais, a criticar construtivamente e a exercitar o livre-exame (que já Lutero propunha há 500 anos), não teremos um movimento espírita esclarecido e progressista, que não engula mistificações tão grosseiras como essa das crianças índigo. Obviamente que só é possível criticar construtivamente a partir de um conhecimento aprofundado das questões. Para isso, é preciso estudar Kardec e procurar sempre ampliar o horizonte cultural.

Fonte: Sociedade Espírita Nova Era - Blumenau, SC.
 
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