domingo, 20 de junho de 2010

Não basta Compreender a Doutrina; é Preciso, Sobretudo, Assimilá-la


Não basta aceitar os princípios renovadores da Doutrina dos Espíritos. É preciso vivê-los. Todas as doutrinas são sistemas lógicos, acessíveis à compreensão intelectual. Desse ponto de vista, o Espiritismo pode ser compreendido por qualquer pessoa curiosa e de capacidade mental comum. Trata-se de uma doutrina clara, baseada em princípios de fácil assimilação, embora por baixo dessa simplicidade existam problemas complexos, de ordem científica e filosófica. É tão fácil compreendê-lo, desde que se estude criteriosamente as suas obras básicas.
A simples compreensão de uma doutrina, porém, não implica a sua vivência. Além de compreendê-la, temos de senti-la. Somente quando compreendemos e sentimos o Espiritismo, quando o incorporamos à nossa personalidade, quando o assimilamos profundamente em nosso ser, é que podemos vivê-lo. Daí a razão de Allan Kardec ter afirmado a existência de vários tipos de espíritas, concluindo que “o verdadeiro espírita se conhece pela sua transformação moral”. Espiritismo compreendido e vivido transforma moralmente o homem.
Viver o Espiritismo, entretanto, não é viver no meio espírita, fazendo ou freqüentando sessões, lendo obras doutrinárias ou ouvindo conferências. Pode fazer-se tudo isso, e ainda mais, - pode-se até mesmo gastar muito dinheiro e tempo em obras de assistência social, - atendendo apenas à compreensão intelectual da doutrina, sem vivê-la. Porque viver o Espiritismo é pautar todas as ações pelos princípios doutrinários. É moldar a conduta pela doutrina. É agir, em todas as ocasiões, como o verdadeiro espírita de que fala Allan Kardec.
Ainda neste ponto, porém, é necessário lembrar que não basta a conduta externa. Não basta a aparência. Nada mais avesso, aliás, às aparências, do que o Espiritismo. Anti-formal por excelência, contrário aos convencionalismos sociais e religiosos, o Espiritismo, como dizia Kardec: “é uma questão de fundo e não de forma”. Por isso mesmo, não podemos vivê-lo de maneira externa. Antes da conduta exterior, temos de reformar a nossa conduta interna, modificar nossos hábitos mentais e verbais. Pensar, falar e agir de acordo com os princípios renovadores da moral espírita, que é a própria moral evangélica, racionalmente esclarecida pela Doutrina do Consolador.
Surge ainda uma dificuldade, que devemos tentar esclarecer. Chegados a este ponto, muita gente nos perguntará, como sempre acontece, quando falamos a respeito: “O espírita deve então sujeitar-se rigidamente a um molde doutrinário?” Não, pois se assim fizesse estaria impedindo o seu livre desenvolvimento moral. Quando falamos em “moldar a conduta”, fazêmo-lo num sentido de orientação, nunca de esquematização. O espírita deve ser livre, pois, como acentuava o apóstolo Paulo “onde não há liberdade não está o Espírito do Senhor”. Só a liberdade dá responsabilidade, e só a responsabilidade produz a verdadeira moral.
Ao procurar viver o Espiritismo, devemos portanto evitar as atitudes formais que conduzem ao artificialismo, e conseqüentemente à mentira e à hipocrisia. Como se vê, esse é o caminho contrário ao da Doutrina dos Espíritos, é o caminho tortuoso da Doutrina dos Homens, no plano mundano. Devemos ser naturais. E como modificar a nossa natureza inferior, sendo naturais? Primeiro, compreendendo que temos essa natureza inferior e precisamos modificá-la, o que fazemos pela compreensão da doutrina; depois, sentindo a necessidade de modificá-la, o que fazemos pela assimilação emocional da doutrina. Nossa transformação moral deve começar de dentro, e não de fora. Dos pensamentos e sentimentos, e não das atitudes exteriores. Deve ser uma transformação para Deus ver, não para os homens verem.
A falta de compreensão desse problema leva muitos espíritas a posições incômodas dentro da doutrina, e o que é pior, a posições comprometedoras para o movimento doutrinário. E leva também a lamentáveis confusões, principalmente no tocante ao problema religioso. Quando compreendemos, porém, que o Espiritismo não é somente um sistema doutrinário para assimilação intelectual, mas que é sobretudo, vida, norma de vida, e principalmente, seiva renovadora da vida humana na terra, então compreendemos que não é possível separar-se, dos seus aspectos científicos e filosóficos, o seu poderoso aspecto religioso. Lembremos ainda o que dizia Kardec, ou seja, que o Espiritismo é forte justamente por afirmar e esclarecer as mesmas verdades fundamentais da religião.

Autor: J. Herculano Pires

domingo, 13 de junho de 2010

A Vida




A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões.
O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso.
Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.
Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples.
Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser.
Oh! caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração! É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna! É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento espiritual!...
Seria extremamente infantil a crença de que o simples "baixar do pano" resolvesse transcendentes questões do Infinito.
Uma existência é um ato.
Um corpo - uma veste.
Um século - um dia.
Um serviço - uma experiência.
Um triunfo - uma aquisição.
Uma morte - um sopro renovador.
Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?
E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!
Ai! por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!
É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira - ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas.
Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa.
Nosso esforço pobre quer traduzir apenas uma idéia dessa verdade fundamental.
Grato, pois, meus amigos!
Maifestamo-nos, junto vós outros, no anonimato que obedece à caridade fraternal. A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade. Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos. Não atormentaremos alguém com a idéia da eternidade. Que os vasos se fortaleçam, em primeiro lugar. Forneceremos, somente, algumas ligeiras notícias ao espírito sequioso dos nossos irmãos na senda de realização espiritual, e que compreendem conosco que "o espírito sopra onde quer".
E, agora, amigos, que meus agradecimentos se calem no papel, recolhendo-se ao grande silêncio da simpatia e da gratidão. Atração e reconhecimento, amor e júbilo moram na alma. Crede que guardarei semelhantes valores comigo, a vosso respeito, no santuário do coração.
Que o Senhor nos abençoe.

Livro: Nosso Lar - Introdução - André Luiz / Francisco Cândido Xavier

Paz e Luz

CITAÇÕES DE TRATAMENTO

Evite menosprezar-se.
Você é uma criação de Deus.
Terá deficiências, é claro, mas é justo observar que todos nos achamos no caminho do progresso.
Dificuldade é medida de avaliação dos nossos recursos.
Dor é sublimação.
Erro é experiência.
Recorde a sua originalidade.
Ninguém possui idéias totalmente iguais às suas.
Sua voz e suas mãos são únicas.
As marcas de sua presença destacam-se inconfundíveis.
Aceite-se, desse modo, tal qual é, procurando melhorar-se.
Trabalhe, quanto ser lhe faça possível, no bem geral, reconhecendo que os outros precisam de você, também você necessita dos outros.
Guarde a consciência tranqüila, vivendo a existência que Deus lhe concedeu.
E lembre-se: cada qual de nós, até que se integre na Grandeza Suprema, é uma obra-prima de inteligência em processo de habilitação na oficina da vida, a caminho da perfeição.

André Luiz  (De “Busca e acharás”, de Francisco Cândido Xavier, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)


Paz e Luz

Lições do momento

Deus é amor invariável e o amor desafivela os grilhões do espírito.
Se há repouso na consciência, a evolução da alma ergue-se, desenvolta, dos alicerces insubstituíveis do sacrifício.
Quem não se bate pelo bem, desce imperceptivelmente para as fileiras do mal.
Junto à correção sempre existe o desacerto, exaltando o mérito do dever na conduta digna.
Identifique, na dificuldade, o favor da Providência Divina para dilatar-lhe a paz, sentindo, no imprevisto da experiência mais grave, o fulcro de incitamento à perseverança na boa intenção e vendo, na tibiez de quantos imergiram na invigilância, o exemplo indelével daquilo que não deve ser feito.
Quanto maior a sombra em torno, mais valiosa a fonte de luz.
Desse modo, a alegria pura viceja entre a dor e o obstáculo; a resignação santificante nasce em meio às provas difíceis; a renúncia intrépida irrompe no seio da injustiça das emulações acirradas, e a pureza construtiva surge, não raro, em ambiente de viciação mais ampla.
Eis por que, em seu círculo pessoal, se entrecruzam mensagens importantes e diversas a lhe doarem o estímulo e a consolação, o entendimento e a claridade de que você carece para ajustar-se espiritualmente, através das lides variadas de cada instante.
O chefe irritadiço é instrumento providencial da corrigenda.
O companheiro problemático deixa-nos livre caminho à sementeira da fraternidade sem mescla.
O engano é precioso contraste a ressaltar as linhas configurativas da atitude melhor.
A tortuosidade do caminho demonstra a excelência da estrada reta.
Faça, pois, do momento que transcorre, a lição recolhida para o momento a transcorrer, verificando quantas vezes, em vinte e quatro horas, você é requisitado a auxiliar os semelhantes, e não regateie cooperação.
Na oficina de trabalho, buscam-lhe a gentileza no amparo de muitos corações que se sentem ao desabrigo.
Na via pública, esbarram-lhe o passo companheiros que vão e vêm buscando encontrar o sorriso que você pode ofertar-lhes como incentivo à esperança.
No recesso do lar, o alvorecer encontra-lhe a presença, em novas ossibilidades de exaltar a confiança nos Desígnios da Altura.
Na conversação comum, requisições ostensivas auscultam-lhe a disposição de estender conhecimento e virtude, na enfermagem das chagas morais, entrevistas na modulação das vozes e nos traços dos semblantes, afora variegados ensejos de assistir o próximo, a lhe desafiarem a eficiência e a vigilância, tais como a necessidade interior estampada no silêncio do visitante, o azedume do colega menos feliz, o doente a buscar-lhe os préstimos, o sofredor a rogarlhe compreensão, a abordagem da criancinha desvalida, a surpresa menos agradável, a correspondência a exigir-lhe a atenção ou o noticiário intranqüilo que a imprensa propala.
Pureza inoperante é utopia igual a qualquer outra e, em razão disso, ignorar a poça infecta é manter-lhe a inconveniência.
Não menospreze, assim, a lição do momento, na certeza de que renovamos idéias, experiências e destinos, cada dia, segundo as particularidades das manifestações de nosso livre-arbítrio.


Obra - O Espírito da Verdade - Espíritos Diversos-Chico Xavier e Waldo Vieira

-FEB-
Paz e Luz

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Administrando o medo

Recente pesquisa revelou que muitos brasileiros vivem dominados pelo medo.

Medo que vai desde o de ser assaltado, perder um filho, descobrir que tem uma doença grave, não conseguir pagar as contas, a sofrer um acidente, ter um ataque cardíaco ou perder o parceiro.
Alguns dos entrevistados revelaram que nem saem de casa ou que, em casa, vivem em sobressalto, ao menor ruído estranho.
Naturalmente, vivemos num mundo onde há muita violência, maldade e dificuldades.
Mas é importante se pense um pouco, a fim de não se engrossar o rol dos que vivem sob a injunção do medo, perdendo anos preciosos das próprias vidas.
Assim, não sofra por antecipação. Algumas pessoas, sugestionáveis, assistem imagens violentas na TV e acham que fatos como aqueles poderão acontecer com alguém da sua família.
Tomar precauções é recomendável. A ninguém se pede que seja incauto, imprevidente.
Mas daí a ficar pensando, a toda hora, que algo terrível vai acontecer, será o mesmo que desistir da vida desde agora.
Pessoas que assim agem podem não se tornar vítimas de acidentes, de assaltos ou de doenças, mas do próprio medo.
Medo que as manterá infelizes, isoladas.
Por isso, nunca deixe que o medo o paralise. Faça o que tiver que fazer: ir à escola, às compras, ao templo religioso.
Se enfrentar medos e preocupações sozinho lhe parecer difícil, procure ajuda. Pode ser de um psicólogo, de grupos de pessoas que sofrem problemas semelhantes ou de um bom amigo.
E, em vez de se torturar com uma infinidade de contas a pagar, pense mais antes de adquirir o novo eletrodoméstico, de realizar a viagem dos seus sonhos, comprar a roupa da moda.
Aprenda a viver de acordo com os recursos que dispõe. Dê um passo de cada vez. Planeje férias com antecedência. Programe-se.
Não gaste tudo que ganha. E, muito menos, não gaste o que ainda não ganhou.
Não fique pensando em ganhar na loteria, na sena, na loto, no programa televisivo. Trabalhe e sinta orgulho de poder, com seu próprio esforço, ir adquirindo o de que necessita.
Em vez de ficar pensando na possibilidade de se manifestar essa ou aquela doença terrível, opte por fazer check-up anual.
Não espere para ir ao médico somente quando a dor o atormente, um problema de saúde se manifeste.
Procure o médico para saber se está tudo bem com você. Faça exames. Pratique exercícios sob supervisão.
Ande até a panificadora, em vez de ir sempre de carro. Pratique jardinagem, lave o carro.
Pense, sobretudo, positivamente: Deus protege a minha vida. Sou abençoado por Deus. Sou filho de Deus.
Trabalhe com alegria, ganhando as horas. Não transforme o seu ambiente profissional em um cárcere de torturas diárias.
Sorria mais. Faça amigos. Converse com os amigos. Estabeleçam, entre vocês, um cuidado mútuo.
Isso no que se refere a você, aos seus filhos, ao seu patrimônio.
Unidos seremos fortes.
Enfim, não tenha medo do medo. Ele é um legado saudável e protetor. Mas se torna um problema quando fica exagerado ou irracional.


* * *

Mantenha sua confiança em Deus, que governa o mundo e zela por sua vida.
De todos os medos o que mais o deve preocupar é o de perder a presente reencarnação, por comodismos e invigilância.
E para este, a melhor solução é realizar, a cada dia, o melhor de si, entregando-se a Deus.



Redação do Momento Espírita com base no artigo Você tem medo de quê?, da Revista Seleções do Reader´s Digest, de fevereiro de 2006.

Em 02.05.2008

Tristeza sem razão voltar


Por vezes, erguemo-nos pela manhã envoltos em nuvens de tristeza. Se alguém nos perguntar a causa, com certeza não saberemos responder.
Naturalmente, atravessamos as nossas dificuldades. Não há quem não as tenha. É o filho que não vai bem na escola, o marido que vive a incerteza do desemprego, um leve transtorno de saúde.
Nada, contudo, que seja motivo para a tristeza profunda que nos atinge.
Nesse dia tudo parece difícil. Saímos de casa e a entrevista marcada não se concretiza. A pessoa que marcou hora conosco cancelou por compromisso de última hora. E lá se vão as nossas esperanças de emprego, outra vez.
O material que vimos anunciado com grande desconto já se esgotou nas prateleiras, antes de nossa chegada. A fila no banco está enorme, o cheque que fomos receber não tinha saldo suficiente.
É... Nada dá certo mesmo! Dizemos que nem deveríamos ter saído de casa, nesse dia. Agora, à tristeza se soma o desalento, o desencanto.
Consideramo-nos a última pessoa sobre a face da Terra. Infelizes, abandonados, sozinhos.
Ninguém que nos ajude.
E, no entanto, Deus vela. Ao nosso lado, seguem os seres invisíveis que nos amam, que se interessam por nós e tudo fazem para o nosso bem-estar.
O que está errado, então? Com certeza, a nossa visão do que nos acontece.
Quando a tristeza nos invade no nascer do dia, provavelmente tivemos encontros espirituais, durante o sono físico, que para isso colaboraram.
Seja porque buscamos companhias não muito agradáveis ou porque não nos preparamos para dormir, com a oração. Seja porque reencontramos amores preciosos e os temos que deixar para retornar à nossa batalha diária, entristecendo-nos sobremaneira.
Ao nos sentirmos assim, busquemos de imediato a luz da prece, que fortalece e ilumina, espancando as sombras do desalento.
Abrir as janelas, observar a natureza, mesmo que o dia seja de chuva e frio. Verifiquemos como as árvores, quando castigadas pelos ventos e pela água, balançam ao seu compasso.
Passada a tempestade, se recompõem e continuam enriquecendo a paisagem com seus galhos, folhas, flores e frutos.
Olhemos para as flores. Mesmo que a chuva as despedace, elas, generosas, deixam suas marcas coloridas pelo chão, ou permitem-se arrastar pela correnteza, criando um rio de cores e perfumes pelo caminho.
Aprendamos com a natureza e afugentemos o desânimo com a certeza de que, depois da tempestade, retornará o tempo bom, o sol, o calor.
Não nos permitamos sintonias inferiores, porque se vibrarmos mal, nos sentiremos mal e, naturalmente, tudo se nos tornará mais difícil.
Nunca estaremos sós. Jesus está no leme das nossas vidas, atento, vigilante, e não nos faltará em nossas necessidades.

* * *
Se estamos tristes, abramos os ouvidos para as melodias da vida, melodias que soam das mais profundas regiões do amor Celeste.
Busquemos ajuda, peçamos socorro, não dando campo a essas energias de modo que possamos, na condição de filhos de Deus, alegrar-nos com tudo quanto o Pai construiu e colocou à nossa disposição a fim de que pudéssemos crescer, amar e servir.

Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap. 12 do livro Revelações da luz, pelo Espírito
Camilo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

Em 09.06.2010.

domingo, 6 de junho de 2010

Conquistando Simpatias

Aprenda a sorrir para estender a fraternidade.

Eleve o seu vocabulário para o intercâmbio com os outros.

Carregue as suas frases com baterias de compreensão e otimismo.

Eduque a voz para que ela seja a moldura digna de sua imagem.

Converse motivando as pessoas para o bem a fazer.

Não corte o assunto com anotações diferentes daquilo que interessa ao seu interlocutor.

Quem aprende a ouvir com respeito fala sempre melhor.

Diante de problemas a solucionar, esclareça com serenidade sem destacar a perturbação.

Quanto possível, procure calar suas mágoas, reservando-as para os seus colóquios com Deus.

Recordemos: todos necessitamos uns dos outros e a palavra simples e espontânea é a chave da simpatia



Busca e Acharás - André Luiz /Francisco Cândido Xavier


Paz e Luz

O Pensamento




Para você que sabe que o pensamento é energia a plasmar a vida, surge o imperativo de bem cuidar das suas fontes, para melhorar o padrão das vibrações que partem do imo da alma.
O pensamento de desânimo desorganiza as baterias das resoluções nobres, por representar o amolentamento da vontade que decide.
O pensamento lascivo e perturbador é a porta de tremendas agonias da alma, pelo fato de corromper os sentimentos que sustentam a pessoa no clima de paz íntima.
O pensamento de indiferença materializa as ondas de frieza, capazes de amortecer os impulsos do afeto espontâneo que engrandece a relação humana.
O pensamento de descrença persistente e impertinente, ateísta, é forja do desespero, por fazer com que a criatura se sinta desprovida de apoio ou amparo, sujeita aos caprichos do acaso, nos lances vários da sua jornada terrena.
Entretanto, o pensamento de harmonia, em que a alma se afina com as Leis Eternas, é como verdadeiro oásis, quando o coração caminha pelas ressequidas experiências do sofrimento ou da amargura, sabendo que deverá desincumbir-se das suas lutas com galhardia e confiança.
O pensamento de amor tem o poder de trazer ao íntimo a figura de Jesus, por resumir em si freqüências espirituais que muitas pessoas não conseguem alcançar, pelo desprezo que devotam à atuação do bem, que alimenta o amor e dele recebe reforço ao mesmo tempo.
Pensar é construir...
Pensar é semear...
Pensar é produzir...
Veja bem o que semeia o que produz, nas construções de sua vida, com as suas ondas mentais.
Seu pensamento, inestancável, é você a projetar-se...
Pense melhor. Pensamento é vida!

Livro: Rosângela

Rosângela / J. Raul Teixeira



Paz e Luz

A LUZ NO CORAÇÃO

As sombras que recaem sobre a humanidade, no campo moral, nada mais são que a ausência do Evangelho nos corações das criaturas.
Daí a necessidade de uma vivência maior dentro dos padrões traçados por Jesus, por parte daqueles que já se encontram com o Mestre.
A esses, cabe a tarefa de iluminação do planeta.
Conforme o próprio Mestre asseverou, eles terão de ser o "sal da Terra", conservando a elevação do pensamento e dando o sabor da fraternidade à vida de relação.
Se a tarefa parece difícil, é oportuno recordar que, sem o espírito de renúncia, desprendimento e disciplina, as dores da humanidade se agravariam ainda mais.
As sombras, contudo, hão de ser passageiras, porque o sol do amor de Deus não deixará que a ignorância imponha, por muito tempo, seus efeitos nefastos aos homens de boa vontade e amantes da paz.
Se a brutalidade ainda recrudesce, cabe aos seguidores do Cristo o desenvolvimento da concórdia, por meio do próprio exemplo, na prática dos ensinos evangélicos.
Se a dor moral ainda persiste, como efeito dos enganos e da rebeldia, o alívio por meio dos esclarecimentos é o único caminho e o principal recurso a ser mobilizado.
Se o homem se ressente de seus atos cheios de sombras, cabe a ele mesmo reerguer-se para a luz de Deus, a fim de construir em sua consciência a cidadela de paz que o mundo deseja.
Somente com o desenvolvimento do amor em níveis mais elevados, conseguirá o homem construir a sociedade livre das mazelas que hoje assolam o progresso.
Confiemos, porém, no amor do Pai, oferecendo nossos esforços, em nosso campo de atuação, para que a luz que todos desejamos venha a nascer dos nossos próprios corações.

(De “A mensagem do dia”, de Clayton B. Levy, pelo Espírito Scheila)


Paz e Luz

Tu e a Casa Espírita


     Já te perguntaste o que te cabe realizar na edificação e manutenção dos princípios espíritas erigidos por Allan Kardec?
    Todo adepto sincero do Espiritismo Cristão encontrará dificuldades de adaptação nas relações humanas, na compreensão de textos variados, além de compromissos relacionados às necessidades familiares e sociais no grupo em que ora estagia. Contudo, dentro do possível e de forma prazenteira, deve o iniciado da revelação salutar, disciplinar-se para momentos de estudo ,reflexões, praticas e discussões fraternais sobre determinados aspectos da Codificação,que deverão ser levados a efeito nas reuniões hebdomadárias.
   Com igual responsabilidade, deve o “espírita sincero” preservar a Casa de estudos, experiências medianeiras, assistência social e hospitalar, distante dos melindres pessoais, grupelhos, crendices, asperezas no trato, personalismos, mercantilismos e todas essas vulgaridades que inibiram, em séculos passados, a pureza do Evangelho do Reino, fazendo com que retornassem ao mundo , almas missionárias que não necessitavam renascer na Terra.
    Espiritismo é Ciência, Filosofia e Religião, e nenhuma Casa Espírita deve dar acentuado destaque a este ou aquele ponto doutrinário, mas pautar-se no “TRIPLICE ASPECTO”, que fortalece o sentido de Fé Raciocinada.
   Assim,educa,medica, vigia, ora,aprende e liberta,libertando-te. Entenda que nos dias atuais, mais se desdobram às necessidades de espiritização, humanização e qualificação dos adeptos do ideal Espiritista Cristão.
    Faz, de teus dias na Seara Espírita um campo de aprendizado e serviço constantes.
    Não sendo a Casa Espírita tua propriedade e aqueles que a ela se vinculam teus pajens, não te cabe,seja como dirigente ou dirigido, preferências pessoais, idolatrias e autoritarismo que aviltam o ideal que pertence ao Cristo.


Espírito Angélica, médium Luiz Cláudio, mensagem recebida na Sociedade Espírita Caminho de Ser Feliz em junho de 2007

terça-feira, 1 de junho de 2010

Uma boa reflexão.


A terra está sendo removida como um campo preparado para o plantio. O arado do Senhor está em plena atividade fazendo o serviço de remover do solo terrestre as impurezas que precisam ser eliminadas. Outros elementos devem ser selecionados para a produção de frutos de qualidade.
Como uma mãe que sente dores de parto pela proximidade do momento em que dará à luz um filho, um homem novo ao mundo, a Terra geme e estertora.
Mas como disse o Mestre há dois milênios: ainda não é o fim!
Angústia nas nações, mudanças climáticas, revelações sociais. Oscilações na economia e a derrocada do poder dos homens falidos. Tudo isso produz uma certa inquietação nas pessoas mais sensíveis. Toda essa movimentação, tanto física quando social, nos faz pensar que a Terra é um grande organismo vivo, que, como o homem, os filhos da Terra, reflete na área física e social as grandes revoluções que ocorrem na sua vida espiritual.
Multidões de espíritos a serviço do Cordeiro de Deus vão e vêm entre as dimensões da vida, obedecendo às ordens do seu Comandante Supremo, pois a hora da colheita se aproxima.
Os Espíritos do Senhor, realizando a sua vontade sublime e soberana, visitam as regiões sombrias da vida extrafísica, realizando a higienização intensa e profunda dos quistos purgatoriais do globo.
Do lado de cá da vida, a grande mudança está em pleno andamento. Toda essa movimentação de seres comprometidos com a política divina e das energias por eles postas em ação faz com que certos reflexos sejam sentidos no panorama físico do mundo.
Assim como o corpo físico do homem reflete as mudanças que ocorrem na área emocional e mental, também o mesmo ocorre num âmbito mais geral com o planeta Terra.
O conflito final está sendo travado nos bastidores da vida, e as energias desencadeadas pela ação natural do expurgo planetário, da seleção natural dos espíritos que ficarão na Terra e daqueles que partirão fazem com que a Terra se ressinta.
Não somente a ação do homem é o que interfere no sistema de vida do planeta. O mundo está expulsando de si os cânceres astrais, as inteligências sombrias, e, como um grande organismo que se contrai e se movimenta para eliminar os focos de pestilência internos, o planeta Terra reage.
Em reação natural, progressiva, mas também incrementada por energias poderosas que estão a serviço do saneamento coletivo, faz com que os homens, os encarnados sintam de perto os primeiros sinais de que algo novo está ocorrendo, de que estamos começando a sentir as dores de um parto planetário. Um novo homem, uma nova humanidade e uma nova civilização emergirão das cinzas das antigas.
Água, terra, ar e fogo são os elementos criados e acionados pelo organismo terrestre a fim de dinamizar o processo de expurgo daquelas consciências que não amadureceram e não servem mais para compor o novo corpo da civilização do espírito que triunfará sobre todas as dores e falhas humanas.
Estejamos atentos às nossas responsabilidades; estejamos armados com a couraça da justiça e as armas do espírito, pois o Senhor ordenou que a primeira trombeta seja tocada, e os seus mensageiros já estão de prontidão para o grande dia do Deus Todo-Poderoso.

Edgar Cayce (Psicografia de Robson Pinheiro, em 8/4/2010)