terça-feira, 29 de março de 2011


Sobre a Compaixão Disse um grande sábio:

Compaixão é a prática do amor, é um comportamento de amor. Compaixão é ampliação do raio de ação do que chamamos eu.

Enquanto não compreendermos o que se passa ao nosso redor, não estaremos habilitados a sentir compaixão, estaremos apenas projetando nossos defeitos. Só quando percebemos a verdade dos fatos é que podemos ter compaixão por aqueles que não a percebem. Na verdadeira compaixão não existe projeção ou identificação.

Enquanto estivermos identificados, o perdão será impossível. Estaremos sempre contando as mesmas histórias, as mesmas ladainhas. Estaremos sendo hipócritas ao negarmos, da boca para fora, um ressentimento, sabendo que ele ainda está dentro de nós. Precisamos nos esforçar para vermos as coisas sob outros ângulos, outros pontos de vista.

O que costuma acontecer, na verdade, é que nos apegamos a dor, ao sofrimento. E isto impossibilita o perdão. A dor, neste caso, é reflexo de ressentimento, raiva, mágoa, que tende a nos colocar no papel de vítima, de um herói não reconhecido.

Devemos, sim, ter compaixão pelo sofrimento alheio. Mas, algumas vezes, isto requer a não identificação, senão iremos sofrer junto com os outros.

Diz H. P. Blavatsky, em “A Voz do Silêncio”:

A compaixão não é um atributo. É a Lei das leis – a harmonia eterna, o próprio Ser de Alaya, uma essência universal sem praias, a luz da justiça eterna, o acordo de tudo, a lei do eterno amor.

Quanto mais com ela te unificares, fundindo o teu Ser no seu Ser, tanto mais a tua Alma se unirá Áquilo que É, tanto mais te tornarás a Compaixão Absoluta.

E, ainda, um Grande Mestre:

Agora que os teus olhos foram abertos, algumas das tuas antigas crenças e cerimônias podem parecer-te absurdas; talvez, na realidade, o sejam. Apesar, porém, de não poderes mais tomar parte nelas, respeita-as por amor às boas almas para quem elas são ainda importantes. Têm o seu lugar e a sua utilidade; assemelham-se às duplas linhas que, quando criança, te guiavam para escrever em linha reta e na mesma altura, até que aprendeste a escrever muito melhor e mais livremente sem elas. Houve tempo em que delas necessitaste; esse tempo, porém, já passou.
...
Um grande Instrutor escreveu certa vez: “Quando eu era criança, falava como criança, entendia como criança; porém, quando me tornei homem, abandonei os modos infantis”. No entanto, aquele que esqueceu a sua infância e perdeu a simpatia pelas crianças não é o homem que as possa instruir e ajudar. Assim, olha a todos bondosamente, gentilmente, tolerantemente; porém, a todos da mesma forma, quer sejam budistas, jainos, judeus, cristãos ou maometanos.


Em termos de compreensão da verdade, todos somos crianças. Aquele que percebe a verdade, aquele que se torna homem, deve ter compaixão para com as crianças, uma vez que um dia já foi criança também. Se um homem não consegue expressar compaixão, então sua mente ainda se encontra nublada por seus egos.

No dia em que percebermos nossa vasta ignorância, nosso desconhecimento de tudo, nossa nulidade, no dia em que percebermos o quanto nos auto-enganamos, poderemos alcançar o verdadeiro sentimento de compaixão. Enquanto isto não acontece, estaremos presos, cegos, pelo orgulho, pela auto-imagem, pela vaidade, pela auto-importância, impossibilitados de uma real compaixão, impossibilitados de amar.

Mahatma Gandhi, um dia, afirmou:

Os únicos demônios que existem no mundo são os que habitam nossos corações, e é lá que a Guerra Santa deve ser travada.

Ao dizer isso, quase no fim de sua existência, ele foi questionado sobre como estava se saindo em sua batalha, ao que Gandhi sorriu e respondeu:

Oh! Mal, e por isso tenho compaixão dos outros canalhas deste mundo.

Nosso egocentrismo nos leva a crer que precisamos sempre sentir compaixão pelos outros, e nos faz esquecer que os outros também devem ter compaixão para conosco. Talvez, saindo um pouco de dentro de nós mesmos e sendo um pouco menos egoístas, possamos ter a percepção de que também precisamos da compaixão dos outros, pois não somos tão santos e invulneráveis quanto acreditamos ser. Esta percepção nos levará a relaxar e, por conseqüência, a ter muito mais compaixão para com os outros, pois entenderemos que eles também devem tê-la conosco.

Um ponto importante, para o qual devemos sempre estar atentos, é o hábito de praticarmos a compaixão como um sentimento proveniente de orgulho, vaidade, desprezo, ou seja, como uma tentativa de nos colocarmos como melhores, como superiores.

Talvez a busca pela compreensão e pela verdadeira compaixão para com o próximo seja uma chave para alcançarmos a verdade. Pode-se dizer que essa busca já é, em si, um ato de compaixão. Como a compaixão nos leva a tirar o foco de nós mesmos, vamos percebendo gradualmente o mundo externo.

Conforme vamos nos conhecendo, conforme vamos compreendendo nossos medos e temores, nossos desejos, sofrimentos, apegos, esperanças, expectativas, condicionamentos, vamos nos libertando desses sentimentos, vamos conhecendo e aceitando melhor as pessoas à nossa volta, vamos compreendendo por que elas sofrem, por que passam por determinadas situações. E então sentimos verdadeiramente compaixão pelo próximo.

Precisamos compreender que, se agimos mal um, dia foi por ignorância, por forças inconscientes que desconhecíamos. Se tivéssemos capacidade de reconhecer essas forças, de detectá-las, não teríamos agido mal. Essa compreensão é fundamental para nos levar à compaixão, pois é em decorrência dela que podemos perceber que a maioria das pessoas muitas vezes age mal por não compreender a vida, por ignorância.

Também precisamos perceber dentro de nós mesmos a diferença entre pena ou piedade e compaixão. São sentimentos distintos.

Compaixão está para "mais consolar do que ser consolado, compreender do que ser compreendido". É sair mais de dentro de nós mesmos e olhar um pouco para os outros, quebrando assim um pouco do nosso amor próprio, da nossa auto-importância.

Aquele que critica e reclama com freqüência certamente não se aceita. Cobra-se demais e projeta sua auto-cobrança, sua não aceitação de si mesmo, sua auto-crítica. Provavelmente, está carregando um pesado fardo de orgulho, auto-imagem, auto-importância, de apego a si mesmo e às suas idéias. Tudo isso é motivo de tristeza, infelicidade, dor e sofrimento. Assim, temos que desenvolver em nós a compaixão e a aceitação daqueles que criticam, ofendem, reclamam.

Um grande sábio disse:

Todas as pessoas querem as mesmas coisas que nós, como por exemplo a felicidade, todos queremos ser felizes. Alguns passam dos limites e acabam passando por cima dos outros, buscam a felicidade a qualquer preço, desrespeitando o próximo. Muitos fazem uma confusão entre felicidade e prazer, mas felicidade não é prazer.

Não podemos impedir os outros de serem o que são, o máximo que podemos é perceber o estado de animo dos nossos semelhantes. Se tivermos suficiente compreensão, sensibilidade, compaixão, até podemos renunciar, ceder a vez a essas pessoas, por que para nós será mais importante nosso estado de espírito, serenidade, paz, tranqüilidade, do que a fascinação momentânea por algo.

Enquanto não tivermos a consciência desperta, devemos aceitar os defeitos que vemos nos outros, pois, desta forma, estaremos aceitando os nossos próprios defeitos, uma vez que o que vemos nos outros são apenas projeções. Conforme praticamos a aceitação, a compaixão, a paciência, a tolerância, o respeito para com os outros, as barreiras vão se rompendo. E então vamos nos percebendo mais e melhor, vamos percebendo a projeção existente.

Assim como a verdadeira compaixão, o verdadeiro amor só aparece na ausência da identificação, na ausência do ego. São sentimentos Divinos, enlevados, que não podem se manifestar na presença e muito menos através do ego.

Quando estamos conscientes, fazemos sempre o correto, não existe divisão. Não existe julgamento dos outros, a compaixão brota de forma plena e espontânea, com toda a sua grandeza. Assim acontece porque, conscientes, sabemos que o outro foi levado à ação errada por inconsciência, ignorância.

Enquanto existir o medo dentro de nós, enquanto existir a preocupação com o “eu mesmo”, não poderemos exercer a compaixão de forma verdadeira.

É nosso egocentrismo, nossa preocupação com nós mesmos, nossa auto-importância, nosso amor próprio, que nos impede de olhar para os motivos que levam as pessoas a fazer o que fazem, de ver que os outros também sofrem, de entender que agem de forma ignorante, inconsciente. É nosso egocentrismo, nossa preocupação com nós mesmos, nossa auto-importância, nosso amor próprio, que nos impede de termos uma verdadeira compaixão.

Todos dizem que o amor tudo pode e que a compaixão tem o poder de destruir a negatividade dos outros, ou seja, que tem o poder de nos proteger. Mas usar a compaixão como forma de buscar algum tipo de proteção é um auto-engano, é egoísmo. Se formos praticar a compaixão, pratiquemo-la por amor, por devoção a Divindade, sem esperar algo em troca.

Fabio Ferreira Balota
FUNDASAW - São Paulo

quinta-feira, 24 de março de 2011


A Meditação limpa a Mente

Por sermos humanos, somos naturalmente herdeiros de uma insatisfação inerente com a vida, que não desaparecerá simplesmente. Você pode tirá-la da sua consciência por algum tempo ou se distrair horas a fio, mas ela sempre volta. Muitas vezes a vida parece ser um perpétuo conflito, originado somente das nossas próprias mentes.
Porém, por baixo desse nível de vida existe uma outra perspectiva, uma maneira diferente de olhar o universo. É um nível de funcionamento onde podemos tornar o inconsciente consciente, lentamente, um pouco por vez, através da meditação.

A meditação limpa a mente e suaviza o homem por dentro. A prática da meditação muito se assemelha ao cultivo da terra virgem: é preciso cortar as árvores e arrancar os tocos; então você ara o solo, fertiliza e só depois semeia e colhe os frutos. Seu propósito é a transformação pessoal. É a mente serena capaz de transportar um ser humano em direção à lucidez, saúde, harmonia e sabedoria de vida.
Em condições comuns, as nossas ondas mentais se encontram agitadas. Portanto, o ponto de partida para quem quer meditar é esta natureza agitada dos nossos pensamentos. O importante é reunir todas as energias vitais do corpo e da mente e direcionar para um único ponto. Uma forma facilitadora é perceber sua respiração e concentrar toda sua atenção na entrada e saída do ar, cuidando para que nada o perturbe, afastando todos os pensamentos.
Observe o seu próprio pensamento que vai se coordenar para produzir o estado meditativo. Procure não ser dominado pelo fluxo aleatório dos pensamentos. A energia precisa ser canalizada ou focada assim como uma lanterna que emite luz e é direcionada pela nossa vontade. O grande poder mental está na concentração.

Na verdade, o objetivo da prática da meditação é aprender a prestar atenção. É uma forma de treinamento mental que vai lhe ensinar a experimentar o mundo de forma totalmente nova e aprender o que está acontecendo com você, ao seu redor e no seu interior também.
Quanto mais horas você passa meditando, maior será sua habilidade para observar calmamente cada impulso e intenção, cada pensamento e emoção. Mas também é possível que num determinado dia nada aconteça. Mesmo assim, é preciso praticar diariamente se quisermos efeitos duradouros. A meditação, mais do que qualquer outra coisa, é se autoconhecer e aprender a viver !
www.taichichuan.com.br


A iluminação espiritual nos capacita discernir a verdade espiritual quando se nos apresenta
um conceito meramente humano. A consciência espiritual reconhece a verdade naquilo que aparece como um conceito.

O desenvolvimento da consciência espiritual começa quando, pela primeira vez, percebemos
que aquilo que apreendemos através dos sentidos da visão, da audição, do olfato, do tato e do paladar não é a realidade das coisas. Retirando por completo a atenção das aparências, o primeiro raio da iluminação espiritual nos traz um fulgor do divino, do eterno e do imortal. Isso, por sua vez, torna as aparências menos reais para nós, tornando-nos assim mais receptivos à iluminação.

Nosso progresso rumo ao Espírito ocorre na medida da nossa iluminação, o que nos capacita apreender cada vez mais a Verdade. O enfoque usual da vida se deve a uma interpretação errônea, devida à falsa percepção das coisas; por isso devemos abandonar qualquer intenção de curar, corrigir ou mudar o cenário material para que possamos ver a Verdade nele oculta.
A iluminação espiritual começa a nos ser concedida quando da primeira busca da Verdade de
nossa parte.

Acreditamos estar procurando o bem e a Verdade; contudo, foi a luz que começou a brilhar em nossa consciência e nos impeliu a dar aqueles primeiros passos.
Todo aumento de nossa compreensão espiritual representa mais luz para nós, que expulsa as trevas dos sentidos. Este fluxo de iluminação continuará até que tenhamos compreendido por inteiro que a nossa verdadeira identidade é a "luz do mundo". Sem a iluminação, lutamos contra as forças do mundo, trabalhamos para viver, nos esforçamos para manter nossa posição e competimos por riquezas e honrarias. Muitas vezes lutamos contra nossos amigos, para acabarmos percebendo que lutamos contra nós mesmos. Não há segurança nas posses materiais, mesmo que tenhamos vencido a luta pela sua obtenção.

A iluminação nos traz primeiro a paz, e depois a confiança e a segurança; isto nos dá repouso das contendas do mundo, e então todo o bem flui para nós pela Graça. Podemos agora perceber quenão vivemos pelo que ganhamos ou conquistamos; vivemos, sim, pela Graça.

Tudo que temos é dádiva de Deus; nós não ganhamos o nosso bem, pois que já o possuímos.
"Filho, tu estás sempre comigo, e tudo que tenho é teu."
Os prazeres e os sucessos do mundo nada são se comparados com as alegrias e os tesouros
que se desdobram diante de nós pela consciência espiritual. À luz da Verdade, os maiores triunfos e felicidades mundanas são como nada, diante dos tesouros da Alma e sua imensa glória, insondável e desconhecida pelos sentidos.

Possuindo a Luz divina dentro de si, ganha o homem sua liberdade do mundo, e a segurança
contra todos os perigos terrestres e humanos. Nosso momento histórico tem amedrontado e
assustado a muitos. Os espiritualmente iluminados reconhecerão que nenhum bem aparece ou desaparece, que a atividade espiritual tem por natureza a realização, e que, como a sua iluminação lhes revelou a verdade dos fatos, eles estão ancorados à Alma, à consciência divina, à paz espiritual, à segurança e à serenidade.

Não mais temeremos as mudanças das condições exteriores, que não passam do reflexo da
totalidade interior. Com a certeza de que somos consciência espiritual individual, embora infinita, e que incorpora todo o bem, não mais precisamos levar em consideração aquilo que

A iluminação espiritual revela a harmonia do Ser e dispersa as aparências captadas pelos
sentidos materiais. Ela nada muda no universo, pois que o universo é espiritual, habitado pelos filhos de Deus, mas muda nossa visão do universo.

Este é apenas o começo deste vasto tema, e enquanto discutimos a seu respeito, mantenhamos nosso pensamento o mais longe possível do mundo dos sentidos e ancorado à conscientização da realidade espiritual.

Sempre houve homens que trouxeram a divina mensagem da presença de Deus e da
irrealidade do mal: Buda, na Índia, Lao-Tsé, na China, Jesus de Nazaré. Estes, e muitos outros, trouxeram a Luz da Verdade aos homens, e os homens sempre tomaram os mensageiros como se fossem a Luz, sem perceber que aqueles que pensavam ser alguém "exterior" eram a Luz da Verdade dentro de sua própria consciência.

Na adoração de Jesus, os homens perderam o Cristo. Na sua devoção a Jesus, não perceberam o Cristo; procurando o bem através de Jesus, não encontraram o Cristo onipresente em sua própria consciência.

Em todos os casos, o mensageiro que apareceu aos homens foi a vinda do Cristo à consciência individual, e quando isto for compreendido o homem terá alcançado a libertação do conceito de "pessoa" e de limitação pessoal.

Jesus disse "... se eu não for, o Consolador não virá até vós". Isso não ficou bastante claro,
para que todos compreendessem? Se não pudermos ver além do sentido pessoal de salvação, de mediação e guia, nunca encontraremos a grande Luz dentro de nossa própria consciência.
A iluminação espiritual não vem de uma pessoa, mas do Cristo impessoal, da Verdade
universal, da consciência iluminada do nosso Eu.

A iluminação espiritual dispersa a visão do "eu pessoal" com seus problemas, doenças, idades e erros. Revela o Eu verdadeiro, o Eu que Eu Sou, ilimitado, irrestrito, sem problemas, harmonioso e livre. Este Eu em nós nos será revelado quando nos recolhermos dentro de nós mesmos diariamente e aprendermos a "ouvir" e a observar. Assim, em vez de ficarmos ansiosos sobre o trabalho do dia, ou sobre os eventos futuros, deixemos que a Alma, ou Espírito divino, vá à nossa frente aplanando e preparando o caminho, e deixemos que esta influência divina permaneça à nossa retaguarda, salvaguardando cada passo das ilusões dos sentidos.

A consciência iluminada sempre sabe que existe uma Presença infinita, todo-poderosa, que
faz prosperar todos os atos e que abençoa todos os pensamentos. Sabe que todos aqueles que cruzam o nosso caminho sentem a bênção do nosso pensamento.
Quando a consciência está inflamada com a Verdade e o Amor, destrói todo sentido de medo, toda dúvida, todo ódio, inveja, doença e discórdia — e esta pura consciência é percebida por todos a quem encontramos, e lhes alivia os fardos. É impossível ser a "luz do mundo" e não desfazer as trevas dos que nos rodeiam.

Reconheçamos que todo o bem que vivenciamos emana de nossa própria consciência, mesmo que nos pareça vir de ou através de outro indivíduo. Reconheçamos que toda aparência de mal é uma percepção falseada da harmonia, e por isso não é para ser temida ou odiada; e, como resultado, a ilusão desaparecerá e a realidade se tornará clara. Apenas a consciência iluminada pode olhar para as aparências de mal e perceber a realidade divina. Somente o Cristo em nossa consciência pode separar o erro da sua aparente realidade e retirar-lhe os espinhos.

A iluminação espiritual nos revela que não somos mortais — nem mesmo seres humanos —,
mas que somos puro ser espiritual, consciência divina, vida que se auto-sustenta, mente
oniabrangente. E esta luz desfaz as ilusões do sentido pessoal.
A iluminação desfaz todas as amarras materiais e une os homens uns aos outros com as
douradas correntes da compreensão; ela só reconhece a liderança do Cristo.

Não há rituais ou regras: somente o divino e impessoal Amor universal; não tem outro culto
que não a chama interior que fulgura eternamente no santuário do Espírito.
Esta união é um estado de livre fraternidade. A única limitação é a disciplina da Alma, e assim conhecemos a liberdade sem licenciosidade; somos um universo coeso sem limites físicos, um serviço divino a Deus sem cerimonial ou credo.

O iluminado caminha sem medo — pela Graça.
Sabemos que somos a realização de Deus, somos a condição de consciência onde emana a
Luz de Deus, e isto é ter a mente espiritual. A percepção que em cada indivíduo há a presença de Deus, e que tudo o que ele é, é uma aparência de Deus, é a consciência espiritual. A compreensão que tudo o que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos ou saboreamos com nossos sentidos não passa de um conceito finito de realidade e que não tem relação com a realidade espiritual, é sentido espiritual.

A Cristo-consciência reconhece Deus onde quer que brilhe, através da bruma do sentido
pessoal. Para ela não há pecador a se redimir, doença a se curar ou pobre para se enriquecer.

A iluminação espiritual desfaz os falsos conceitos ou imagens da limitada percepção, e revela que tudo que existe é manifestação de Deus.
A Luz da consciência individual revela o mundo da criação de Deus, o universo da realidade,
os filhos de Deus. Sob esta Luz, desaparece o cenário da mortalidade e o mundo de conceitos; "este mundo", cede lugar ao Meu Reino, à realidade das coisas como elas são.
Temos também com freqüência a sensação de, no nosso íntimo, termos companhia. Sentimos um calor interior, uma presença viva, uma segurança divina. Sentimos, por vezes, uma mão forte sobre as nossas, ou uma face sorridente por sobre nossos ombros. Nunca estamos sós, e sabemos disso. Esta Presença suave nos dá tranqüilidade interior; permite-nos relaxar das labutas do mundo e nos brinda com a alegria da paz. Na verdade trata-se de um "paz, sê quieto" frente aos problemas e tensões do humano existir. É uma influência reparadora dentro de nós, e todavia pode ser percebida por todos que estão à nossa volta.

Esta Presença interior da qual tomamos consciência é a Verdade em si mesma, que se nos
revela como presença, poder, companhia, luz, paz e poder curador — como o Cristo. A consciência deste Ser interior é o resultado de nossa maior iluminação espiritual, de nossa consciência espiritual cultivada. Esta Verdade é o Deus que cura nossos males e que caminha à nossa frente tornando suaves nossos caminhos. Esta Verdade é a riqueza que se mostra sob a forma de suprimento farto.

Nenhuma circunstância ou humana condição pode reduzir a nossa riqueza, enquanto habitarmos nesta consciência da presença do Amor.

Estabeleça esta verdade dentro de você, e ela se tornará o seu verdadeiro ser, sem
conhecimento de nascimento ou de morte, juventude ou velhice, saúde ou doença — apenas a eternidade do ser harmônico. Esta verdade desfaz todas as ilusões dos sentidos, e revela a infinita harmonia do seu ser; desfaz a mortalidade e revela sua imortalidade. Devemos nos livrar de qualquer coisa, em nossos pensamentos, que não seja a divina Presença, o Eu Real, para podermos beber a pura água da Vida e comermos o pão espiritual da Verdade.

Temos de livrar o coração dos erros do nosso eu, da obstinação, dos falsos desejos, da
ambição e da ganância para refletir a luz da Verdade, como um diamante perfeito reflete sua própria luz interior.

Cerca de quinhentos anos antes de Cristo, alguém escreveu: "Pode facilmente acontecer que
alguém, tomando banho, pise em uma corda molhada e imagine tratar-se de uma serpente. Ficará horrorizado, tremerá de medo ao antecipar, em pensamento, as agonias causadas pela mordida venenosa da cobra. Que grande alívio sentirá ao constatar que a corda não é uma serpente! A causa do seu pavor estava em seu erro, em sua ignorância, sua ilusão. Reconhecendo a verdadeira natureza da corda, voltará sua serenidade; ficará aliviado, contente e feliz. Este é o estado de espírito de quem descobre que não há um eu pessoal, e que a causa de todos os seus problemas, cuidados e vaidades, não é senão uma miragem, uma sombra, um sonho".

Reafirmamos, a iluminação revela que não existe o erro, que aquilo que nos pareceu ser a
serpente — pecado, discórdia, doença e morte — é a Verdade mal interpretada pelos nossos
sentidos limitados. Assim, a discórdia não é para ser odiada, temida ou lamentada, e sim
reinterpretada, até que a natureza verdadeira da corda — a realidade — possa ser discernida pelos sentidos espirituais. A cobra — doença ou discórdia — é apenas um estado mental, que não corresponde à realidade exterior. Devemos compreender que nenhuma ilusão pode assumir forma exterior.

A iluminação espiritual pode ser alcançada por aqueles que constantemente vivenciam a
consciência da presença da perfeição, e continuamente traduzem as aparências para a Realidade.

Todos os dias e noites nos defrontamos com aparências desarmoniosas, e estas devem ser
imediatamente traduzidas pela nossa compreensão da "nova língua", a linguagem do espírito.
Todos os acontecimentos do nosso dia-a-dia nos oferecem novas oportunidades de usarmos nossa compreensão espiritual, e cada uso dessas faculdades espirituais resulta em maior percepção espiritual que, por sua vez, nos revela sempre mais e mais da luz da Verdade.

"Orai sem cessar... e conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará."
Reinterprete as aparências e os fatos da vida diária nos termos da nova língua, a língua do
espírito, e a consciência sofrerá uma expansão contínua, até que a tradução ocorra automaticamente, sem a necessidade de se pensar.

Isto tornar-se-á um estado habitual de consciência, uma percepção constante da Verdade.
Só desse modo poderemos ver nossa vida se desdobrar com harmonia a partir do centro do
nosso ser, sem que para isto precisemos conduzir qualquer pensamento. Nossa vida, em vez de ser uma seqüência de "demonstrações", tornar-se-á o feliz, harmonioso e natural desdobramento do bem. No lugar dos contínuos esforços para atrair o bem, vê-lo-emos emanar visivelmente a partir das profundezas do nosso próprio ser sem esforço consciente de nossa parte, quer físico quer mental. Não mais dependeremos de pessoas ou circunstâncias, nem mesmo do nosso esforço pessoal. A iluminação espiritual nos permite abandonar os esforços pessoais e confiar cada vez mais na Divindade, que se revela e desdobra como cada um de nós.

Buscando a Iluminação Espiritual
Trecho retirado do livro de Joel Goldsmith

sábado, 19 de março de 2011


AS MUDANÇAS NA TERRA ESTÃO NOS SALVANDO
Por Dana Mrkich
15 de Março de 2011


Com o Terremoto e o Tsunami no Japão acontecendo tão próximos, após o terremoto de Christchurch, muitas pessoas foram rápidas em tomar isto como prova de que a Mãe Terra não está feliz. Outra maneira de encarar isto é que ela é um Ser Vivo, um Planeta Vivo que passa pelos seus ciclos assim como os seres humanos. Ela esteve aqui durante bilhões de anos, muito antes que viéssemos, e estará aqui por muito tempo depois. É típico dos humanos ignorarem os ciclos naturais e é especialmente típico desrespeitar e desonrar os ciclos femininos. Oh, sim, a Terra não é somente um Ser Vivo, ela é um Ser Feminino. Vocês já ouviram falar dela como Pai Terra? Eu não penso assim.

Como um Ser Feminino, a Mãe Terra passa por ciclos muito específicos – alguns vemos regularmente em nosso Verão, Outono, Inverno e Primavera. Outros nós somente conseguimos ver a cada 5.000 ou 12.600 anos e como somos afortunados e conseguimos chegar aqui para uma destas Transições entre Grandes Ciclos! Sim, estamos recebendo a dádiva de estarmos na Mãe Terra, enquanto ela está passando de um estágio de transição para outro, enquanto um ciclo termina e nasce um novo mundo. Como acontece com qualquer mudança ou nascimento, isto não acontece sem.... huuumm... mudança! Entrem... na fase de mudanças da Terra. E adivinhem o quê! Assim como qualquer mulher, isto vem com um trabalho de parto e contrações, e rompimento de águas! Eu não sei em relação a vocês, mas não acho que uma mulher em trabalho de parto apreciaria que lhe dissessem para se “acalmar”. Eu não acho que uma mulher em trabalho de parto apreciaria que disséssemos: “Você poderia parar de tremer e de gritar? Estou tentando dormir um pouco aqui!” Porque, acho, isto não se trata de mim ou de vocês! Trata-se de um planeta passando por um surpreendente processo de renascimento, e por alguma sincronicidade incrível, acontece haver bilhões de humanos com ela pela primeira vez, e assim RENASCEMOS COM ELA!!! Sim, a humanidade se beneficiará deste surpreendente evento. Além disto, se a Mãe Terra não estivesse passando por estas mudanças agora, não teríamos mais um planeta para viver por muito mais tempo. Temos sido terríveis inquilinos e estou surpresa por ela não nos ter expulsado há muito mais tempo. Mas ela não o fez, porque por mais difícil que possa ser de acreditar, ela nos ama. Ela continua cuidando de nós, assim como qualquer Mãe, ainda que a tenhamos tratado pessimamente. Estas mudanças na Terra estão lhe permitindo que renasça e reviva. E, adivinhem? As mudanças na Terra que tememos ser o nosso fim serão os próprios eventos que olharemos para trás e compreenderemos: Aquelas Mudanças nos SALVARAM. Elas salvaram a Terra, elas nos salvaram de continuarmos a destruí-la, elas nos salvaram de nos destruirmos.

Enquanto a Terra se alinha com o Equador Galáctico e com o Centro Galáctico, ela está se transformando e acessando tanta Luz de vibração elevada quanto possível. Isto desencadeará mais terremotos, vulcões, tsunamis e ciclones? Não há nenhuma maneira mais fácil de dizer isto, mas sim. Entretanto, ela não está fazendo isto para nos prejudicar ou nos ferir, é parte do processo. Ela está se reequilibrando e se purificando. Ela está nos proporcionando essencialmente um novo planeta no qual vivermos (e eu espero que tratemos a nova versão da Terra muito melhor que as versões anteriores!). Não é culpa dela que tenhamos casas e prédios que estejam caindo por causa de toda a ação. Deus, isto soa tão insensível em branco e preto, mas não é para ser. É apenas um pedido para encarar isto de outra perspectiva – a da Mãe Terra e a de nossa futura sobrevivência, contra as nossas atuais e velhas necessidades.

Tão turbulento e traumático quanto os eventos possam parecer, em última análise, seremos uma humanidade melhor quando tudo isto passar. Mas, não se passarmos todo o processo de parto gritando sobre como NÓS estamos sendo afetados, chorando sobre o que NÓS estamos perdendo. Temos que cooperar e deixar ir o velho mundo. O velho mundo está partindo. Sem eletricidade? Bem, acho que temos um grande SOL no céu que esteve tentando atrair a nossa atenção durante anos. É chamado de Energia Solar gratuita. Olhem aqui para cima: alguém, ninguém, olá??!! Sem petróleo? Energia gratuita. Sem dinheiro? Energia gratuita. Precisam de algo? Nós nos lembraremos de que a Mãe Terra tem verdadeiramente tudo o que precisamos, e nos lembraremos de nossa capacidade de criar tudo o que precisamos, de uma maneira adequada, sem prejudicá-la.

A todos aqueles que estão lamentando a perda de vidas, por favor, saibam que, como almas, nós continuamos a viver. Por favor, saibam que todas as almas que estão partindo agora, pré-contratadas para fazer isto, estão nos ajudando através deste processo, a partir de um reino mais elevado. É muito difícil de viver fisicamente sem um ente querido, uma vez que eles tenham feito a transição, eu sei. Eles não estão aí para abraçar, chamar ou compartilhar as suas alegrias e lutas diárias. Mas eles estão conosco. Eles estão vivendo em outra dimensão. Eles estão zelando por nós. Eles estão nos ajudando. Vocês podem conversar com eles. E se vocês fecharem os olhos e o permitirem, poderão ouvi-los e senti-los, se não através de palavras, então com o coração. Estamos TODOS nisto juntos – aqueles que fizeram a transição, aqueles que ainda escolherão fazer a transição e aqueles que estão escolhendo ficar. Quando a minha mãe morreu, ela nos disse para não nos apegarmos a ela com a nossa dor “porque então eu não conseguirei as minhas asas, não serei capaz de voar e fazer o que tenho que fazer.” Assim, também, temos que honrar aqueles que estão escolhendo fazer a transição durante estas Mudanças. Eles têm que conseguir as suas asas e eles têm que voar, porque eles têm muito a fazer para nos ajudar através disto. Honrem as suas vidas e a sua passagem, vendo-os livres, voando com as suas asas, fazendo o próximo propósito de sua alma.

9 de Março de 2011 – 28 Outubro de 2011 marca a última onda do Calendário Maia. Pensem na última onda de contrações de uma mulher. Sim, será turbulento, mas dentro desta turbulência, haverá milagres, haverá alegria, haverá lágrimas, haverá beleza. Haverá os sons de uma vida se esvaindo e os sons de uma nova vida surgindo que não podemos ainda sequer imaginar.

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Direitos Autorais Dana Mrkich 2011 – www.danamrkich.com

Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br 

http://www.luzdegaia.net/outros/diversos/mudancas_nos_salvando.html
A TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DO ALTRUÍSMO
As qualidades de bodhichitta, a intenção altruísta
Extraído do livro "Transformando a Mente" do Dalai Lama

A definição de bodhichitta é apresentada em Ornamento de Conscientização (Abhisamayalamkara), de Maitreya, texto no qual ele afirma que o altruísmo possui dois aspectos, O primeiro é a condição que produz a perspectiva altruísta, e essa envolve a compaixão que uma pessoa precisa desenvolver por todos os seres sencientes, bem como a aspiração que ele ou ela deve cultivar de propiciar o bem-estar a todos os seres sencientes. Isso leva ao segundo aspecto, que é o desejo de alcançar a iluminação. É com a intenção de beneficiar todos os seres que esse desejo deveria surgir em nós.

Poderíamos dizer que bodhichitta é o nível mais elevado do altruísmo e a mais alta forma de coragem; e também poderíamos dizer que bodhichítta é o resultado da mais alta atividade altruísta.

Como o lama Tsongkhapa explica em sua Grande descrição do caminho à iluminação (Lam rím cben mo), a natureza de bodhichitta é tal que, enquanto nos dedicamos a realizar os desejos dos outros, a realização do nosso próprio interesse ocorre como um sub-produto. Essa é uma forma sábia de beneficiar tanto a si mesmo quanto os outros. Na realidade, na minha opinião, bodhichitta é algo verdadeiramente maravilhoso.

Quanto mais penso em ajudar os outros, e quanto mais forte se torna minha vontade de cuidar dos outros, maiores são os benefícios que me cabem. Isso é totalmente extraordinário.

Examinando um pouco mais as qualidades positivas de bodhichitta, descobrimos que esse é um dos meios mais eficazes para acumular méritos e aprimorar o nosso potencial espiritual.

Além disso, trata-se de um dos meios mais eficazes para acumular mérito e aprimorar nosso potencial espiritual.

Além disso, trata-se de um dos métodos mais poderosos para enfrentar tendências negativas e impulsos destrutivos.

Como a superação das tendências negativas e o aprimoramento do potencial positivo são a própria essência do caminho espiritual, a prática de desenvolver o altruísmo é realmente a prática maior, mais eficaz e mais irresistível de todas.

Maitreya também declara numa das suas orações de enaltecimento que é essa mesma bodhichitta que pode nos liberar da transmigração para reinos inferiores da existência, que pode nos levar a reencarnações superiores e mais felizes e que pode até nos levar ao estado fora do alcance do envelhecimento e da morte. Maitreya está nesse texto sugerindo algo muito especial. Em geral, de acordo com os ensinamentos budistas, é a prática da moralidade e da conduta ética que nos protege da reencarnação nos reinos inferiores da existência. O que Maitreya está dizendo é que a prática de bodbichitta supera todas as práticas éticas e é, com efeito, um caminho muito superior. Da mesma forma, ele afirma que bodhichitta é um caminho superior quando se trata de plantar as sementes para atingir formas superiores de reencarnação.

Logo, em certo sentido, poderíamos dizer que a prática de gerar e cultivar a intenção altruísta é tão abrangente que contém os elementos essenciais de todas as outras práticas espirituais. Considerada isoladamente, ela pode, portanto substituir a prática de muitas técnicas diferentes, já que todos os outros métodos são destilados e se unem em uma só abordagem. É por isso que consideramos que a prática de bodhichitta está na raiz da felicidade tanto temporária quanto duradoura.

Se examinarmos os preceitos adotados por um praticante de bodhichitta, veremos a tremenda coragem que sustenta essa prática. [...]

A coragem de um raciocínio altruísta tão vasto estende-se a todos os seres sem exceção, e não se confina a nenhuma época específica. Ela é totalmente sem limites. Numa estrofe do seu Manual para o estilo de vida do Bodhísattva (Bodhicaryavatara), Shantideva também manifesta essa enorme coragem, que transcende todas as fronteiras de espaço e tempo. Ele escreve:

Enquanto perdurar o espaço,
Enquanto persistirem os seres sencientes,
Que eu também possa permanecer
Para dissipar as desgraças do mundo.

Quando a intenção altruísta tem por base a profunda percepção do vazio, e especialmente a conscientização direta do vazio, diz-se que a pessoa alcançou as duas dimensões de bodhichitta que são conhecidas como bodhichitta convencional(relativa) e bodhichitta máxima(absoluta). Com essas duas práticas de compaixão e sabedoria, o/a praticante tem nas mãos o método completo para atingir o mais alto objetivo espiritual. Essa pessoa é verdadeiramente notável e digna de admiração.

Se conseguirmos cultivar essas qualidades espirituais dentro de nós mesmos, como Chandrakirti escreve em termos muito poéticos em seu "Entrada para o Caminho do Meio" (Madhyamakavatara), com uma asa de intenção altruísta e outra de profunda percepção do vazio, poderemos cruzar todo o espaço e alçar vôo para além do estado da existência até as plagas da natureza búdica de plena iluminação.

Embora eu tenha alguma experiência dessas duas dimensões de bodhichitta, sinto que minha conscientização delas é muito baixa. Mesmo assim, tenho verdadeiro desejo de praticar e entusiasmo pela atividade, e só isso já me dá uma inspiração imensa. Como mencionei em muitas ocasiões, acredito que todos nós somos fundamentalmente iguais, e que temos o mesmo potencial básico. Alguns de vocês, não tenho dúvida, têm um cérebro muito melhor do que o meu. Deveriam, portanto, fazer um esforço para contemplar, estudar e meditar, mas sem nenhuma expectativa míope. Deveriam ter a mesma atitude de Shantideva - de que, enquanto o espaço existir, vocês permanecerão para dissipar o sofrimento do mundo. Quando temos esse tipo de determinação, além de coragem para desenvolver nossa capacidade, um século, uma era, um milhão de anos não são nada. Além disso, vocês não irão considerar que os diferentes problemas humanos que enfrentamos aqui e ali sejam de modo algum insuperáveis. Uma atitude e uma visão dessas produzem algum tipo de verdadeira força interior. Talvez vocês imaginem que seja uma ilusão pensar desse modo; mas, mesmo que seja, não faz diferença considero essa atitude valiosa!

Agora, a questão é como nos treinarmos para desenvolver bodhicbitta. Os dois aspectos de bodhichitta de que falamos anteriormente, a aspiração a ser de ajuda aos outros e a aspiração a atingir por nós mesmos a iluminação, têm de ser cultivados separadamente por meio de treinamentos distintos. A aspiração de ser de ajuda aos outros deve ser cultivada em primeiro lugar.

O desejo de proporcionar bem-estar aos outros pode naturalmente, incluir a atividade de aliviar seus sofrimentos muito óbvios e sua dor física; mas não é isso o que queremos dizer neste contexto. Proporcionar o bem-estar aos outros significa realmente agudá-los a atingir a libertação. Devemos, portanto, começar com uma compreensão do que queremos dizer com "libertação", isso remonta diretamente ao que descrevi antes, ou seja, à compreensão do vazio, porque o nirvana, como definido pelos ensinamentos budistas, tem de ser entendido em termos do vazio. Logo, segundo o budismo, sem alguma compreensão do vazio não é realmente possível compreender o que é a verdadeira libertação; e sem essa compreensão, uma forte aspiração de atingir a libertação não surgirá.

A segunda aspiração, a de alcançar a plena iluminação, também está diretamente relacionada à nossa compreensão do vazio. A palavra tibetana para iluminação é chang-chub; e em sânscrito é bodhi. Um exame da etimologia das duas sílabas tibetanas revela que chang significa "purificação" ou "purificados', que se refere a uma qualidade do Buda de plena iluminação, indicativa de que todas as características negativas e todos os poluentes mentais foram superados. A segunda sílaba, chub, significa literalmente "ter percebido", que se refere à qualidade do Buda de ter consumado todo o conhecimento e toda a percepção. Portanto, a iluminação, como é expressa no termo tibetano chang-chub, sugere tanto a superação das nossas qualidades negativas quanto o aperfeiçoamento das nossas qualidades positivas. Isso está diretamente associado à nossa compreensão do vazio, pois ela pressupõe que percebamos ser possível eliminar os aspectos negativos da mente, e admite algum nível de compreensão de como isso possa ser feito, bem como de qual é a natureza da liberdade total.

http://www.nossacasa.net/shunya/default.asp?menu=1275
DOENÇA

Se você apresenta algum problema físico, é importante perceber qual aspecto da vida está deixando de fluir adequadamente. A doença é a manifestação dos conflitos interiores. Antes de ocorrer a somatização, a pessoa apresenta problemas de ordem emocional, como angústia, depressão, medo, etc. Essa condição interna é um aviso de que sua atuação na vida é inadequada a seu temperamento. Ela acusa a postura embaraçosa de alguém que está se boicotando em favor dos outros e se desviando de seu verdadeiro ser. Esse mecanismo existe para alertar e não para castigar. Desse modo você poderá perceber o mal que está fazendo para si mesmo. A partir do momento que há um reposicionamento interior, resgata-se a harmonia e conseqüentemente a saúde.
É você quem cria as condições propícias à manifestação das doenças. Da mesma forma, você também tem a capacidade de destruí-las e sarar. Talvez seja difícil conceber que você é a causa dos distúrbios da saúde, pois aprendeu erradamente que o corpo fica doente sem a sua participação. A metafísica vem mostrando que cada um é responsável por tudo que acontece em seu corpo.
Uma vez já somatizada a doença, é preciso ter o acompanhamento médico para restabelecer o físico. Paralelamente ao uso de medicamentos, é necessário mudar as atitudes inadequadas que causam prejuízos emocionais e físicos.
Os remédios tratam o físico, fortalecem temporariamente o corpo e eliminam os sintomas. Mas, se você não mudar a condição interna que está gerando a doença, ela surge em outra área do organismo.
Para encontrar as causas metafísicas das doenças não é necessário se pressionar, nem se obrigar a chegar à raiz do problema. Assim você estará indo contra si próprio, e isso abala ainda mais sua condição interna, agravando os sintomas físicos. A resposta surge naturalmente, basta olhar para si mesmo e tentar descobrir em que área da vida você não tem fluído bem. Observe o que está afetando sua estabilidade emocional e, finalmente, o que o leva a ficar nesse estado.
Você pode até ter razão por se sentir assim, no entanto isso não faz bem emocionalmente e afeta o corpo. Procure resgatar a serenidade, não se julgue nem se deixe afetar pelos julgamentos dos outros. Dê-se força, não se obrigue a nada, deixe a consciência agir sobre você. Admita o fato de não estar encarando a situação da melhor maneira, procure adotar uma nova postura de vida. Desse modo você estará resgatando sua integridade moral, conseqüentemente a dor física deixará de existir.
A dor é uma sensação exagerada, com o intuito de despertar a consciência para as nossas inadequações. Ela não é o único caminho para o progresso espiritual, como muitos pensam. Ela faz parte da vida daqueles que resistem ao fluxo natural do ser e persiste enquanto não houver a reformulação interior.
Essa transformação pode ocorrer naturalmente durante o período de convalescença, sem que a pessoa associe seu emocional afetado com a doença, apesar de estarem intimamente interligados. A dor promove um estado de reflexão. O simples fato de se abster da dinâmica do cotidiano por conta de sua condição debilitada já é um fator positivo para se trabalhar interiormente.
Quando isso acontece, a pessoa altera seus valores e supera esse período obscuro de sua vida com uma nova postura. Ninguém sai de uma fase de sofrimento com a mesma cabeça, porque a situação só muda se você mudar.
A dor tem um poder de transformar o indivíduo. Ela é uma condição extrema para superar os bloqueios instalados durante a trajetória de vida. Ela só passa definitivamente quando a pessoa muda sua atitude interna.
A cura é uma combinação do tratamento físico com o reposicionamento interior. Do mesmo modo que é importante procurar o médico, também é necessário investigar as causas emocionais. Uma vez reparada a condição interna, o tratamento físico se torna mais eficaz.
A consciência metafísica acelera o processo de recuperação, por indicar em você aquilo que está mal resolvido. Partindo disso, é só ter boa vontade, abandonar a vaidade e não ser resistente, que a reformulação acontece com naturalidade.
Essa transformação pode ocorrer naturalmente durante o período de convalescença, sem que a pessoa associe seu emocional afetado com a doença, apesar de estarem intimamente interligados. A dor promove um estado de reflexão. O simples fato de se abster da dinâmica do cotidiano por conta de sua condição debilitada já é um fator positivo para se trabalhar interiormente.
Quando isso acontece, a pessoa altera seus valores e supera esse período obscuro de sua vida com uma nova postura. Ninguém sai de uma fase de sofrimento com a mesma cabeça, porque a situação só muda se você mudar.
A dor tem um poder de transformar o indivíduo. Ela é uma condição extrema para superar os bloqueios instalados durante a trajetória de vida. Ela só passa definitivamente quando a pessoa muda sua atitude interna.
A cura é uma combinação do tratamento físico com o reposicionamento interior. Do mesmo modo que é importante procurar o médico, também é necessário investigar as causas emocionais. Uma vez reparada a condição interna, o tratamento físico se torna mais eficaz.
A consciência metafísica acelera o processo de recuperação, por indicar em você aquilo que está mal resolvido. Partindo disso, é só ter boa vontade, abandonar a vaidade e não ser resistente, que a reformulação acontece com naturalidade.

Fonte: Metafísica da Saúde - Gaspareto

quarta-feira, 16 de março de 2011


DEIXEM SUA LUZ ILUMINAR GLORIOSAMENTE...

...ENQUANTO VOCÊS A MANTÊM ELEVADA NESTES TEMPOS TUMULTUADOS 
Mensagem de Saul
por John Smallman
em 16 de março de 2011

A humanidade está indo bem em seu caminho para despertar da ilusão, na qual seus sentidos, sentimentos e autoconsciência estão em situação difícil por tanto tempo.

A sua intenção coletiva para despertar está se fortificando e se intensificando, e não será frustrada. Seu despertar está divinamente garantido.

Sua intensa insatisfação com a forma como vocês experimentam suas vidas na ilusão os encoraja a se interiorizar, procurar assistência de seus anjos, guias e do Espírito Santo - sua conexão indestrutível com seu verdadeiro Eu e com Deus - Quem, por causa do seu livre-arbítrio, somente pode ajudá-los quando vocês pedem.

Quando vocês pedem assistência, ela torna-se instantaneamente disponível na forma de sensações intuitivas que gentilmente oferecem direções.

Quando vocês se sentem em paz, vocês estão fazendo o que é para o bem maior.

Quando vocês se sentem nervosos, temerosos, agressivos, defensivos ou ansiosos, vocês precisam avaliar novamente seus pensamentos, palavras e ações, deixar ir a necessidade de estar certo, e então pedir ajuda; uma forma pacífica e gentil de agir irá se tornar aparente.

Vocês podem muito bem experimentar um sentimento de resistência, porque o julgamento e a necessidade de estarem certos são características fortemente enraizadas no ego de todos os humanos.

Então, relaxem e esperem um pouco, e aí repensem suas opções. Vocês verão a opção pacífica e gentil tornar-se mais atraente, e vocês terão confiança suficiente para tomar esse caminho. E então, vocês poderão ficar agradavelmente surpresos com a diminuição dos seus níveis de estresse.

Vocês têm trabalhado na sua elevação para este importante evento por muito tempo, porque, quando vocês escolheram o caminho da aparente separação de Deus e criaram a ilusão, vocês também se separaram completamente da Sabedoria e do Conhecimento divinos.

O resultado foi que vocês tiveram de adquirir sabedoria suficiente através de suas experiências para perceber que há um Deus infinitamente amoroso, que os criou à Sua semelhança, como partes d'Ele mesmo.

Ao perceberem isto, como muitos de vocês agora percebem, tornou-se aparente que o Amor Divino é a energia universal que, na ilusão, parece tomar muitas formas - a força de vida em todos os organismos vivos, no ânimo, nas emoções, no clima, na eletricidade, e assim por diante.

O Amor pode ser usado de muitas formas para se obter diferentes resultados. Ele é o Poder dado a vocês como uma dádiva divina quando Vocês foram criados, e ele é infinito.

Na ilusão, a disponibilidade dele é severamente limitada porque a ilusão é severamente limitadora; entretanto, vocês podem aproveitar essa forma limitada e usá-lo carinhosa ou temerosamente.

Durante a maior parte da existência da humanidade ele é usado principalmente temerosamente já que vocês se esconderam de Deus e lutam uns contra os outros.

Agora muitos de vocês estão começando a usá-lo carinhosamente, o que lhes traz paz e satisfação, intensifica a consciência de sua eterna parceria com Deus, e assim reduz seus níveis de estresse conforme vocês percebem novamente que vocês sempre foram divinamente amados e protegidos, e que não podem falhar no seu despertar no infinito esplendor da Presença Divina, seu Lar eterno.

Sabendo disto, a luz, o amor, a compaixão e a aceitação de uns pelos outros são brilhantemente emitidos por vocês, e constantemente se intensificam e afetam muito positivamente todos com quem vocês interagem.

Esta luz que vocês estão mantendo e compartilhando está envolvendo o planeta, e está aumentando em luminosidade e intensidade enquanto vocês a compartilham indiscriminadamente com todos aqueles ao seu redor, e que então se libertam e compartilham sua própria luz da mesma maneira.

Realmente um tempo de grande alegria está se aproximando, que eliminará e dissipará o sofrimento que vocês têm experimentado há tanto tempo.

Deixem sua luz iluminar gloriosa e livremente enquanto vocês a mantêm elevada nestes tempos tumultuados.

Com muito amor, Saul.

fonte: http://johnsmallman.wordpress.com
Tradução: SINTESE
http://blogsintese.blogspot.com

domingo, 13 de março de 2011


Qualidade dos médiuns


A faculdade mediúnica está ligada ao organismo.
É independente das qualidades morais do médium
e se encontra desenvolvida nos mais indignos,
como nos mais dignos.
Não se passa a mesma coisa com a preferência dada
ao médium pelos bons Espíritos.
Os bons Espíritos se comunicam mais ou menos de boa vontade por tal ou tal médium, segundo sua simpatia pelo próprio Espírito destes. O que constitui a
qualidade de um médium não é a facilidade com a qual este obtém comunicações, mas sua aptidão para receber
os bons e para não ser o joguete de Espíritos
levianos ou enganadores.
Os médiuns que mais deixam a desejar, do ponto
de vista moral, recebem algumas vezes muito boas comunicações, que só podem vir de bons espíritos,
o que não é de admirar.
São freqüentemente do interesse do médium e para lhe dar sábias advertências. Se este não as aproveita, é mais culpado, pois escreve a sua própria condenação.
Deus, cuja bondade é infinita, não pode recusar assistência àqueles que têm mais necessidade.
O virtuoso missionário que vai moralizar os criminosos não faz nada mais do que fazem os bons Espíritos
com os médiuns imperfeitos.
Por outro lado, os bons Espíritos, querendo dar um ensinamento útil a todos, servem-se do instrumento
que tiverem à mão; mas o abandonam quando acham outro, que lhes é mais simpático e que aproveita suas lições. Retirando-se os bons Espíritos, os espíritos inferiores, pouco interessados nas qualidades morais,
que aliás os incomodam têm, então, o campo livre.
Resulta disso que os médiuns moralmente imperfeitos
e que não se emendam, mais cedo ou mais tarde serão dominados pelos maus Espíritos que, muitas vezes, os conduzem à ruína e às maiores infelicidades ainda neste mundo. Quanto à sua faculdade, bela como era, e que assim permaneceria, perverte-se pelo abandono dos bons Espíritos e acaba por extinguir-se.
Extraído do livro “Iniciação Espírita” de Allan Kardec

Acorde para Vencer 



Não deixe que nada afete seu espírito. Envolva-se
pela música, ouça, cante e comece a sorrir mais cedo.
O bom humor é contagiante espalhe-o, fale de
coisas boas, de saúde de sonhos, de amor.
Ajude as outras pessoas a perceberem o que
há de bom dentro de si. Tudo que merece ser feito,
merece ser bem feito. Torne suas obrigações
atraentes, tenha garra e determinação. Mude,
opine, ame o que faz. Não trabalhe só por dinheiro
e sim pela satisfação da missão cumprida.
Lembre-se de que nem todos têm a mesma
oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo
melhor espere sempre o melhor.
Você pode tudo que quiser. Perdoe!!
Seja grande para os aborrecimentos, pobre para
a raiva, forte para vencer o medo. O trabalho é
uma das contribuições que damos à vida,
mas não se deve jogar nele todas as nossas
expectativas de realizações. E finalmente,
ria das coisas à sua volta, de seus problemas,
de seus erros, ria da vida. E... ame.
Antes de tudo, a você mesmo!

(autor desconhecido)

Receita para melhorar seu viver

Passo para você uma pequena receita para melhorar um pouco o seu viver...

Em primeiro lugar, antes de se levantar alongue-se bem, se estique bastante até sentir o quanto você é maior que você mesmo.

Abra a janela e diga: "Bom dia, dia!
O dia irá te receber muito melhor e será muito mais fácil enfrentá-lo.

Se você encontrar, no decorrer do dia, com pessoas indelicadas,
perversas e que subestimam a sua inteligência não dê tanta importância.
Elas podem não perceber o que fazem,
mas você com certeza estará atento a tudo de ruim
que ameace azedar seu dia.

O problema que tiver, enfrente-o.
Não fique dando voltas, fingindo que ele não existe.
Se ele acontece, é para ser resolvido.
Se for grande demais, vá resolvendo parte por parte até que ele fique bem menor.

Dê atenção especial a todos que são gentis com você,
e com certeza receberá gentileza também.
Só não se esqueça que nem todos os dias são bons para todos.

Dê à sua paciência, à sua compreensão e ao seu raciocínio
todo fôlego que eles precisam.

Pense duas vezes se tiver que engolir algum "sapo".
Lembre-se, ele pode ser indigesto demais.

E, mesmo que hoje o seu dia seja bastante atarefado,
não se esqueça de deixar alguém feliz,
mandando um oi a quem você quer bem.
Talvez amanhã o seu dia seja muito mais ocupado que hoje.

Avance sempre





Na vida as coisas, às vezes, andam muito devagar. Mas é importante não parar. Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso. 

Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena.
Pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios.

Continue andando e fazendo.

O que parecia fora de alcance esta manhã vai parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer se você continuar movendo-se para frente.

A cada momento intenso e apaixonado que você dedica a seu objetivo, um pouquinho mais você se aproxima dele.

Se você pára completamente é muito mais difícil começar tudo de novo.

Então continue andando e fazendo. Não desperdice a base que você já construiu. Existe alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exato instante.

Pode não ser muito mas vai mantê-lo no jogo.

Vá rápido quando puder. Vá devagar quando for obrigado.
Mas, seja, lá o que for, continue. O importante é não parar!!!

Autor desconhecido