domingo, 12 de fevereiro de 2012

ALZHEIMER: UMA MOLÉSTIA ESPIRITUAL

*É Possível Evitar**
**Por Dr. Américo Marques Canhoto

Américo Marques Canhoto, médico especialista, casado, pai de quatro
filhos. Nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família
desde 1978. Atualmente, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio
Preto - Estado de São Paulo - BR. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia
pacientes que se diziam indicados por um  médico: Dr.Eduardo Monteiro. -
Procurando por este colega de profissão, descobriu  que esse médico era um
espírito, que lhe informou: *Alzheimer acima de tudo é uma  moléstia que
reflete o isolamento do espírito.*

Queremos dividir com os leitores um pouco de algumas das observações
pessoais a respeito dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório
e na vida familiar - dois casos na família. Achamos importante também
analisar o problema dos 'cuidadores' do doente.

Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas
acontecem no momento atual. Se tudo está mais precoce, o que impede de
doenças com   possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam
lá pela casa dos 50 ou até antes?

*Alerta*
- É incalculável o número de pessoas de todas as idades (até crianças) que
já apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção
(primeira fase da  doença de Alzheimer). Lógico que os motivos são o
estilo de vida atual, estresse   crônico, distúrbios do sono,
medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros etc. Mas, quem garante
que nosso estilo de vida vai mudar?
Então, quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar?

É possível que em breve tenhamos jovens com Alzheimer?!?

*Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer *
a) Costumam ser muito focadas em si mesmas.
b) Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam
um processo de co-dependência e até de simbiose.
c) Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução).
d) São de poucos amigos.
e) Gostam de viver isoladas.
f) Não ousam mudar.
g) Conservadoras até o limite.
h) Sua dieta é sempre a mesma.
i) Criam para si uma rotina de 'ratinho de laboratório'.
j) São muito metódicas.
k) Costumam apresentar pensamentos circulares e idéias repetitivas bem
antes da doença se caracterizar.
l) Cultivam manias e desenvolvem TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) com
freqüência.
m) Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar.
n) Leitura os enfastia.
o) Não são chegadas em ajudar o próximo.
p) Avessas á prática de atividades físicas.
q) Facilmente entram em depressão.
r) Agressivas contidas.
s) Lidam mal com as frustrações que sempre tentam camuflar.
t) Não se engajam.
u) Apresentam distúrbios da sexualidade como impotência precoce e frigidez.
v) Bloqueadas na afetividade e na sexualidade. Algumas têm dificuldades em
manifestar carinho, para elas um abraço, um beijo, um afago requer um
esforço sobre-humano.



*Gatilhos que costumam desencadear o processo*-
Na atualidade, a parcela da população que corre mais risco são os que se
aposentam - especialmente os que se aposentam cedo e não criam objetivos
de vida de troca interativa em seqüência. Isolam-se.

- Adoram TV porque não os obriga a raciocinar, pois não gostam de pensar
para não precisar fazer escolhas ou mudanças.

- Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas quando não podem
vampirizar os  parentes, deprimem-se escancarando as portas para a
degeneração fisiológica e  principalmente para os processos obsessivos.
Nessa situação degeneram com incrível  rapidez, de uma hora para outra.

*Alzheimer e mediunidade*-

No decorrer do processo os laços fluídicos ficam tão  flexíveis que eles
falam com pessoas que não enxergamos nem sentimos. Chegam a transmitir o
que dizem os desencarnados ou são usados de forma direta para 
comunicações.

Esta condição fluídica permite que acessem com facilidade ao filme das
vidas passadas (bem mais a última) - muitas vezes nesses momentos, nos
nomeiam e nos tratam como se fossemos outras pessoas que viveram com eles
na última existência e nos relatam o que 'fizemos' juntos, caso tenhamos
vivido próximos na última existência.
Vale aqui uma ressalva, esse fato ocorre em muitos doentes terminais e em
algumas pessoas durante processos febris.


*Obsessão*-
É bem comum que a doença insidiosamente se instale através de um processo
arquitetado por obsessores, pois os que costumam apresentar essa doença
não são muito adeptos da ajuda ao próximo e do amor incondicional; daí
ficam vulneráveis às vinganças e retaliações. É raro que bons tarefeiros a
serviço do Cristo transformem-se em Alzheimer. Mas, quem é ou quais são os
alvos do processo obsessivo? O doente ou a família?


*Alzheimer - o umbral para os ainda encarnados*-
O medo de dormir reflete, dentre outras coisas, as companhias espirituais
nada agradáveis. Os 'cuidadores' desses pacientes tem mil histórias a
contar e muitos depoimentos a fazer.. Esse assunto merece muitos
comentários.


*O que é possível aprender com o cuidador?*
Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo,
desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e
pelo outro. Amor.


*O problema da obsessão *-
- Quem obsidia quem?
Cuidador e doente são antigos obsessores um do outro - não é preciso
recuar muito no tempo, pois mesmo nesta existência, com um pouco de
honestidade dá para analisar o processo em andamento; na dúvida basta
analisar as relações familiares, como as coisas ocorreram.

*Não foi possível? - não importa; basta que hoje, no decorrer do processo
da doença, avaliemos o que nos diz o doente nas suas 'crises de
mediunidade':*
- você fez isso ou aquilo, agora vai ver! - preste muita atenção em tudo
que o doente diz, pois aí, pode estar a chave para entendermos a relação
entre o passado e o  presente.


*A dieta influencia*-
Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita
variação centrada em carboidratos e alimentos industrializados.
*Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes frescos, além de
alimentos ricos em ômega 3 e ômega 6*;

*Devem consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará,
nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim). *

Estudos recentes mostram que até os processos depressivos podem ser
atenuados ou evitados pela mudança de dieta.


*Doença silenciosa?*
- Nem tanto, pois avisos é que não faltam, desde a infância analisando e
estudando as características da criança, é possível diagnosticar boa parte
dos problemas que se apresentarão para serem resolvidos durante a atual
existência.

*Remédios resolvem?*-
Ajudar até que ajudam; mas resolver é impossível, ilógico e cruel se,
possível fosse - pois, nem todos tem acesso a todos os recursos ao mesmo
tempo.

Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir
podem causar terríveis problemas de atraso evolutivo individual e
coletivo; pois apenas abrandam os efeitos sem mexer nas causas. Tapam o
sol com a peneira.


*Remédios previnem?*-
Claro que não! - apenas adiam o inexorável. Quanto a isso, até os
cientistas mais agnósticos concordam. Um dos mais eficazes remédios já
inventados foram os grupos de apoio à terceira idade.

A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo
geram um fluxo de energia curativa. A doença de Alzheimer acima de tudo é
uma moléstia que reflete o isolamento do espírito que se torna solitário
por opção. O interesse pelos amigos é um bom remédio.

*Qual a vacina?*
É estudar as características de personalidade, caráter e comportamento dos
que a vivenciam, para que não as repitamos. *A melhor e mais eficiente
delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a
prática da caridade. *

*Quer evitar tornar-se um Alzheimer? *
Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a Caridade com
muito esforço e inteligência. Muito mais há para ser analisado e discutido
sobre este problema evolutivo que promete nos visitar cada dia mais
precocemente...


Esperamos que esta pequena lição que o Dr.Américo nos proporcionou em sua
palestra nos sirva para podermos ajudar pessoas com este mal.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Porque as pessoas sofrem?????


As pessoas sofrem porque não sabem quem são. Não sabem intimamente, profundamente quem realmente são. Não praticando o autoconhecimento, não se interiorizando, torna-se difícil de não se focar no mundo exterior, portanto se tornado dependente do que ele oferece ou não.
Então, as pessoas procuram do lado de fora algo que preencha o vazio interior. Este vazio é o esquecimento de sua essência, de sua partícula divina. Em não havendo o reconhecimento desta divindade, a pessoa sente um vazio, além de uma insegurança martirizante, uma vez que o falso eu ganha forma e se diz dono do mundo.
Mas nada do que vem de fora pode preencher seus interiores, isso é naturalmente impossível. A mudança sempre se dá de dentro para fora, não existe outro meio. Mas o falso eu não reconhece isso, pois quando tenta olhar para dentro, descobre que sua existência é questionável, portanto fica inseguro e concentra suas forças no exterior, onde sabe que tem a aceitação de sua existência pela sociedade em que vive.
Logo, a fagulha para iniciar-se o processo do fim do sofrimento começa com o autoconhecimento. Isso porque quando se chega a um determinado nível, acaba-se percebendo que qualquer segurança é falsa, que a verdadeira realidade está baseada na total incerteza.
E isso liberta, pois conhecer a si mesmo é libertar-se da necessidade de se sentir seguro, já que no descobrimento de si mesmo, não existe insegurança, tampouco segurança, porque você compreende que é Uno e portanto é parte de tudo o que existe. Contudo você vê isso como um fato, não como uma teoria, por isso é libertador.
O fim do sofrimento ainda passa pelo refreamento dos desejos, das necessidades. O ser humano experencia a si mesmo como uma figura eternamente insatisfeita, procurando a cada minuto uma nova meta a ser alcançada. Esse é o ato da ação e do esforço.
Com isso, mesmo depois de alcançados todos os objetivos, ainda haverá necessidade de se criar novas metas, pois que o ato de parar de se mover assusta o ego. Ele precisa estar em constante processo mental, pois não suporta o silêncio, não suporta a pausa, não suporta a si mesmo.
O desejo então deve ser refreado. Pois que quando não há sua realização ou mesmo no processo em que ele se dá, sentimos frustração. E da frustração surge o sofrimento. E é o sofrimento o carro chefe de todas as doenças, de todos os crimes, de todas as tristezas. De maneira que, se todos nós nos bastássemos, nos sentíssemos plenos naquilo que já somos em nossos interiores, não procuraríamos no exterior motivos para satisfazer nossos vazios.
Isso não significa não ter nenhuma aspiração, nenhum sonho ou vontade. Ao contrário, a vida foi feita para nos expressarmos livremente, todavia é preciso acabar totalmente com o sentimento de necessidade. E é aí que entra nosso querido desapego.
Deseje sem o sentimento de carência; sonhe sem o sentimento de vazio; aspire sem a necessidade de realizar algo. Novamente, realize pela não-ação.
Quando o desejo vem com o desapego, dizemos que ele está refreado. Ele não vem com um sentimento de vazio, de necessidade. Além de tornar-se mais poderoso, uma vez que sua vibração condiz com aquilo a que ele mesmo se propõe, a pessoa não sofre, pois não se preocupa com os resultados. Então ela aproveita a jornada e se esquece do objetivo final.
As pessoas então sofrem porque não sabem quem são e por isso não desejam para expressarem-se, mas para preencherem seus vazios. Quanto mais profundamente cada um for se conhecendo, menor será seu sofrimento. Portanto, conhecer a si mesmo é a chave para o fim dele.
Marcos Keld

TOMAR CONTA DE NÓS MESMOS

Temos que aprender como tomar conta de nós mesmos ao longo do dia enquanto caminhamos, sentamos, comemos ou escovamos nossos dentes. Nosso lar é composto pelo nosso corpo, sentimentos, emoções, percepções e consciência. O território de nosso lar é largo e somos o monarca responsável por ele. Deveríamos saber como retornar ao lar e tomar conta do nosso corpo e mente. Plena atenção pode ajudar.

Suponha que tenhamos dor, tensão e estresse no nosso corpo. O primeiro passo é voltar a ele e tomar conta. Podemos fazer isso tomando um momento para ficarmos imóveis e dizer:

Inspirando, estou consciente do meu corpo inteiro.
Expirando, deixo ir embora todas as tensões no meu corpo.

Depois de sabermos como tomar conta de nosso corpo, aprendemos como tomar conta de nossos sentimentos e nossas emoções. Com plena atenção podemos trazer a tona sentimentos de alegria e felicidade. Quando uma emoção forte surge, deveríamos saber como tomar conta dela. Podemos repetir este pequeno poema, chamado gatha, para nos ajudar a cuidar dessas emoções.

Inspirando, estou consciente do sentimento doloroso em mim.
Expirando, estou abraçando este sentimento com ternura.

Não tente cobrir este sentimento através do consumo. Muitos de nós tentaríamos evitar nossa dor, afogando o sentimento com filmes, internet, livros, álcool, comida, compras e conversas de forma que não tenhamos que sentir o nosso sofrimento. No final, isso apenas torna a situação pior.

O Buda disse que nada pode sobreviver sem comida. Se nossa dor, tristeza e medos ainda estão presentes, é porque continuamos a alimentá-los. Uma vez que tenhamos reconhecido e abraçado nossa dor, tristeza, medo e encontrarmos algum alívio, podemos continuar a praticar o olhar em profundidade para a natureza da nossa dor de forma a reconhecer suas raízes. Podemos reconhecer que tipos de nutrientes trouxeram nosso mal-estar, medo e depressão.

Se sofremos de depressão, significa que temos vivido e consumido de tal forma que torna a depressão possível. O Buda disse que se olharmos profundamente no que veio a ser, nominalmente nosso mal-estar, e reconhecer a fonte do nutriente que a trouxe a tona, já estamos no caminho da emancipação.

Nossos filhos podem consumir muita violência, medo e desejo. Quando eles vêem televisão, testemunham milhares de atos de violência que fazem as sementes de violência, desejo e medo neles crescer. Agora há muita violência nos jovens e eles não sabem como lidar com suas emoções e sofrimento. Nós, pais e educadores, deveríamos ser capazes de ajudá-los a lidar com seus medos, raiva e violência.

A população da França não é muito grande, mas mesmo assim a cada ano doze mil jovens cometem suicídio. Eles são vítimas de emoções fortes como raiva, medo e desespero. Na escola não ensinam a eles como lidar com essas emoções fortes. É muito importante que nós, pais e professores, possamos aprender como lidar com as nossas emoções de forma que possamos ajudar aos jovens em casa e na sala de aula a fazer o mesmo.

Consumimos de tal forma que nosso medo, raiva e desespero cresceram e ficaram grandes, portanto o consumo consciente é a resposta e é nossa prática. Deveríamos consumir de tal forma que previna que os elementos negativos em nós sejam nutridos.

Amor também não pode sobreviver sem comida. Se não alimentarmos nosso amor, ele irá morrer algum dia. É por isso que é muito importante reconhecer que tipo de alimentos precisamos para nutrir as coisas boas em nós. Podemos consumir apenas essas coisas que desenvolvem nosso entendimento, nossa compaixão e nosso amor.

Aqui estão práticas que você pode aplicar em sua vida diária para fortalecer a energia da plena atenção, reduzir a tensão e nutrir a alegria. Você pode começar devagar, aplicando apenas uma prática na sua vida diária e gradualmente aumentando o número. Você não precisa praticar a plena atenção perfeitamente antes que possa compartilhar com as crianças. Quando você começar a praticar já começa a se transformar, e o fruto da sua transformação – mesmo que seja bem pequeno, irá beneficiar seus filhos, seus alunos ou os jovens com os quais você trabalha.

Primeira prática: Estabelecer uma rotina diária de plena atenção

É muito útil separar cinco a dez minutos a cada dia para a respiração consciente, durante a manhã ou à noite. Tente praticar na mesma hora todo dia em um lugar que apóie sua calma e concentração. Você pode sentar em uma cadeira ou numa almofada no chão. Sente-se confortavelmente,com suas costas retas, mas relaxadas. Você pode fechar seus olhos ou mantê-los semi-cerrados. Simplesmente siga sua inspiração e expiração, dando atenção a sua inspiração e expiração do início ao fim. Você pode também usar a meditação guiada abaixo.

Segunda prática: Meditação guiada

Esta meditação guiada pode ser praticada na posição sentada, durante a caminhada ou deitado na cama antes de dormir. Pratique cada exercício por pelo menos dez inspirações e expirações, usando as palavras chave que sumarizam cada exercício. Se sua mente vaguear, apenas gentilmente traga-a de volta para a respiração e para as palavras-chave.

1. Inspirando, sei que estou inspirando    INSPIRANDO
Expirando, sei que estou expirando    EXPIRANDO
2. Inspirando, minha respiração fica mais profunda    PROFUNDO
Expirando, minha respiração fica lenta    LENTO
3. Consciente de meu corpo, eu inspiro    CONSCIENTE DO CORPO
Relaxando meu corpo, eu expiro    RELAXANDO O CORPO
4. Acalmando meu corpo, eu inspiro    ACALMANDO O CORPO
Cuidando de meu corpo, eu expiro    CUIDANDO DO CORPO
5. Sorrindo para meu corpo, eu inspiro    SORRINDO PARA O CORPO
Tranquilizando meu corpo, eu expiro    TRANQUILIZANDO O CORPO
6. Sorrindo para o meu corpo, eu inspiro    SORRINDO PARA O CORPO
Soltando as tensões no meu corpo, eu expiro    SOLTANDO TENSÃO
7.Sentindo alegre por estar vivo, eu sorrio    SENTINDO ALEGRE
Sentindo feliz, eu expiro    SENTINDO FELIZ
8.Habitando no momento presente, eu inspiro    ESTANDO PRESENTE
Desfrutando do momento presente, eu expiro    DESFRUTANDO
9.Consciente da minha postura estável, eu inspiro    POSTURA ESTÁVEL
Desfrutando a estabilidade, eu expiro    DESFRUTANDO


Terceira Prática: Uma ação em plena atenção

Em adição a praticar a respiração consciente diariamente, você pode escolher ficar totalmente consciente de uma ação todo dia. Cada vez que eu subo escadas, eu desfruto de cada passo. Inspirando, eu dou meu passo e sorrio. Expirando, eu desfruto. Eu fiz um tratado com as escadas de meu eremitério que se eu esquecer de desfrutar um passo, se eu der um passo sem plena atenção, então eu volto e tento novamente! Se você gostar, pode assinar um tratado de paz com suas escadas, com uma parte da rota de sua casa ao ponto de ônibus, ou de seu trabalho até o seu carro.

Você pode escolher outras atividades para desfrutar profundamente: talvez escovar os dentes em total atenção, abrir e fechar portas, ligar a luz ou dirigir. Seja quando for que você fizer essas atividades, não permita que sua mente esteja em outro lugar perdida no seu pensamento; traga cem por cento de sua atenção para o ato e faça dele uma meditação.

Quarta Prática: Poemas para respiração

Gathas são pequenos poemas de plena atenção que podemos usar para trazer mais despertar à nossa vida diária. Podemos recitar uma linha com nossa inspiração e a seguinte com nossa expiração. Seja criativo e faça seus próprios poemas para as atividades que você quer mais atenção da mente. Abaixo o Gatha recitado ao acordar.

Acordando nesta manhã, eu sorrio
Vinte e quatro horas novinhas em folha estão diante de mim
Eu prometo vivê-las plenamente atento
E olhar para todos os seres com olhos de compaixão

Quinta prática: meditação do sorriso

É importante não esquecer do nosso sorriso e do poder que tem. Nosso sorriso pode trazer muita alegria e relaxamento para nós e para os outros ao nosso redor ao mesmo tempo. Sorrir é um tipo de yoga da boca. Quando sorrimos, relaxa a tensão na nossa face. Outros notam isto, mesmo estranhos e provavelmente vão sorrir de volta. Ao sorrir, iniciamos uma maravilhosa reação em cadeia, tocando a alegria em cada um que encontramos. Um sorriso é um embaixador da boa vontade. Ao sorrir, tome algumas inspirações e expirações.

Inspirando, eu sorrio
Expirando, eu relaxo e toco a alegria

Sexta Prática: Dia do Ócio

Em todos os centros de prática de Plum Village ao redor do mundo, há um Dia do Ócio uma vez por semana onde não há nenhuma atividade programada exceto as refeições. Quando sabemos como viver profundamente, nosso Dia do Ócio pode ser o dia mais delicioso da semana. Ficar ocioso não significa que não praticamos, mas simplesmente que praticamos por nossa conta. Não há sinos chamando para as atividades, não há agenda, e todos estão livres para fazerem o que quiserem, incluindo dormir ou ler.

O Dia do Ócio é um dia muito sagrado, similar ao Sabath em outras tradições. No Dia do Ócio tentamos ficar o mais ocioso possível. Não é fácil ficar ocioso porque temos o hábito de sempre fazermos alguma coisa.

Se quisermos podemos descansar em uma rede. Podemos praticar meditação caminhando por nossa conta ou podemos organizar um piquenique. Podemos desligar o celular e o computador e dar a nós mesmos tempo e espaço para fazer outras coisas que não podemos fazer nos outros dias, como dar uma longa caminhada, escrever um poema, fazer uma xícara de chá e bebê-la lentamente enquanto contemplamos o céu, ou convidar um amigo para sentar silenciosamente conosco em quanto desfrutamos da sua companhia. Seja o que for que fizermos, fazemos com plena atenção, porque é a melhor maneira de desfrutar profundamente.

Não fazer nada, apenas desfrutar de nós mesmos e o que quer que esteja ao nosso redor é uma prática muito profunda porque todos temos uma energia dentro de nós que nos empurra constantemente a fazer isto ou aquilo. Não podemos sentar ou deitar parados e desfrutar de nós mesmos ou do bonito céu azul. Se não estivermos fazendo algo, não podemos suportar. Temos que praticar de forma a transformar este tipo de energia de hábito que está sempre nos empurrando a fazer ou dizer algo.

Se formos capazes de fazer isso, nosso Dia do Ócio será recompensador. Se não pudermos pegar um dia inteiro, podemos dispor de meio dia ou algumas horas por semana. Cada Dia do Ócio pode nos oferecer diferentes coisas a fazer – não exatamente a fazer, mas a ser.

(Do livro “Planting Seeds” – Thich Nhat Hanh)
(Traduzido por Leonardo Dobbin)
Sangha Virtual  Estudos Budistas
Tradição do Ven. Thich Nhat Hanh