sexta-feira, 16 de abril de 2010

DISCERNIMENTO (CHICO XAVIER - Seara dos Médiuns)


reunião Pública de 26/8/1960 - Questão n.º 216

"Encarecendo a prática do bem por base da cooperação com os instrutores desencarnados, no campo mediúnico, não será lícito esquecer o imperativo da educação.
Não somente ajudar, mas também discernir.
Não apenas derramar sentimentos como quem faz do peito cofre aberto, atirando preciosidades a esmo, mas articular raciocínios, aprendendo que a cabeça não é simples ornamento do corpo.
Coração e cérebro, sintonizados na criatura, assemelham-se de algum modo ao pêndulo e ao mostrador no relógio. O coração, à maneira do pêndulo, marca as pulsações da vida; entretanto, o cérebro, simbolizando o mostrador, estabelece as indicações. No trabalho em que se conjugam, um não vai sem o outro.
Torcemos ao domínio da imagem, para clareza do assunto.
Operário relapso não encontra chefe nobre.
Escrevente inculto não se laureia em provas de competência.
Enfermeiro bisonho complica a assistência médica.
Aluno vadio é um problema para o professor.
Na mediunidade, quanto em qualquer outro gênero de serviço, é indispensável que o colaborador se interesse pela melhoria dos próprios conhecimentos, a fim de valorizar o amparo que o valoriza.
Tarefa mediúnica sustentada através do tempo não brota da personalidade. Exige burilamento, disciplina, renunciação e suor.
A educação confere discernimento. E o discernimento é a luz que nos ensina a fazer bem todo o bem que precisamos fazer.
É por isso que Jesus avisou no Evangelho: 'Brilhe a vossa luz diante dos homens para que os homens vejam as vossas boas obras'. è ainda pela mesma razão que o Espírito da Verdade recomendou a Allan Kardec que gravasse na Codoficação do Espiritismo a inolvidável advertência: ESPIRÍTAS, AMAI-VOS _ EIS O PRIMEIRO ENSINO. INSTRUÍ-VOS _ EIS O SEGUNDO."

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