terça-feira, 27 de abril de 2010

Por que o outro me incomoda tanto?



O incômodo nasce de uma irritação com situações e coisas que não conseguimos controlar. Pessoas que nos perturbam normalmente ferem nossas concepções sobre a vida, amor, relacionamentos ou sua simples conduta na vida. O que essas pessoas fazem nos fere porque vai contra nossos princípios, mas não devemos simplesmente taxá-las de inimigas, porque não é bem assim que as coisas acontecem.
Muitas vezes essas pessoas que nos incomodam além do razoável são exatamente as pessoas que somos obrigados a conviver diariamente.
Pode ser que alguém que nos incomode seja próximo em vários aspectos.
Por acaso podemos escolher o temperamento ou atitudes do outro?
Podemos mudar as escolhas ?
Podemos de alguma forma alterar o humor ?
Para a maioria deste tipo de pergunta, a resposta é não, pois não temos em nossas mãos ferramentas para alterar o comportamento das pessoas que nos irritam. E em geral, essa irritação torna-se o ponto central de nossos problemas porque desencadeia uma série de ações e pensamentos contrários e um desejo constante de mudar a forma dessa pessoa agir e de principalmente nos tratar.
Dessa forma, ficamos reféns das atitudes do outro. Passamos a ser reagentes do destino com quase nenhum controle sobre nossas experiências da vida. E quando alguém nos diz que temos que tomar as rédeas do destino é impossível não pensar que essa função não nos cabe. Por mais que tenhamos energia, humor, otimismo e força interior não nos sentimos capazes de lutar contra essa impotência frente às ações do outro.
Rezar para essa situação, nem pensar... porque quase sempre sentimos raiva daquilo que enfrentamos; podemos até compreender a imaturidade do outro, ou mesmo a ignorância, mas frente aos maus tratos que recebemos não conseguimos fazer prontamente como Mestre Jesus, há mais de dois mil anos nos ensinou: “Oferecer a outra face”...
E, afinal, para que faríamos isso se de nada adiantaria?
Lendo sobre Vidas Passadas há mais de dez anos aprendi muitas coisas interessantes, algumas nem tanto, mas verdadeiras. A primeira questão que se aplica a este aspecto de incômodo ou irritação com pessoas próximas é a constatação que podem ser ligações kármicas, que permanecerão em nossas vidas até que tenhamos nos libertado da energia acumulada entre nós participantes....
Mas como fazer isso, como libertar alguém do nosso desconforto se a outra pessoa ainda não despertou para a necessidade de mudar?
De fato, concordo que não é uma tarefa fácil se libertar do incômodo de uma convivência difícil, mas devemos pelo menos tentar tomar as rédeas da situação. Não podemos apenas reagir às agressões e desafetos. Podemos tentar nos conduzir de uma forma diferente.
Todos sabemos que guardar mágoas é prejudicial à saúde e a condução de nossas vidas. E agora que tanto se comenta sobre a Lei da Atração deve ter ficado claro na cabeça de muitas pessoas que se mantivermos a mente subconsciente focada em dor, em raiva, ou sofrimento será isso que atrairemos para a nossa vida.
Imaginemos que estamos há muitas vidas tentando resolver determinadas tendências e que nesta vida está tendo acesso a muitas aberturas. Então, não é mais o momento de se sentir vítima de uma situação complicada. Ao contrário, quanto mais consciência tivermos de uma questão mais próxima está a solução.
Tenho observado que à medida que piora uma situação na nossa vida, mais próximos estamos da compreensão do caminho de cura.
Refletir sobre, meditar muito, neste caso é fundamental porque lidamos diretamente com nossa energia purificando e harmonizando nossa consciência.
Assim, se estamos muito incomodados com alguém, peçamos em orações que Deus nos afaste essa dor. Se for possível, afaste-mo-nos fisicamente da pessoa e vamos dar um tempo para nós. Porque quando sentimos raiva estamos alimentando tudo de ruim e negativo da situação e muitas vezes atraindo energias pesadas do astral inferior que encontram nessa brecha uma forma de cobrar seus deméritos tornando a situação ainda mais carregada. Se estivermos com raiva, vamos assumir para nós mesmos como nos sentimos, pois muitas pessoas não têm coragem de assumir que sentem raiva. E depois façamos algo para limpar. Uma boa caminhada num parque exigindo que o corpo físico gaste energia e, ao mesmo tempo fazendo uma prece pedindo limpeza, costuma dar ótimos resultados.
Enfim, compreendendo que estamos lidando com pessoas, mas principalmente com uma vibração que não deve ser mais alimentada. Se compreendermos que o outro está agindo de forma ignorante, não vibremos da mesma maneira. Escolhamos pensar diferente, façamos um movimento libertador, porque podemos fazer isso. Ao contrário do que muitos pensam, mesmo as dores de cabeça, tensão nas costas e até dores de estômago causadas por esse tipo de sofrimento podem ser tratadas com meditações ativas.
Uma vez ouvi de um mentor: “a irritação é uma doença do ego”.
Curando a nós mesmos do sentimento de impotência, ganhamos cada vez mais poder e estaremos vibrando numa espiral positiva, atraindo para nossas vidas mais Amor e Luz.
Vamos refletir?

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