domingo, 13 de março de 2011


Qualidade dos médiuns


A faculdade mediúnica está ligada ao organismo.
É independente das qualidades morais do médium
e se encontra desenvolvida nos mais indignos,
como nos mais dignos.
Não se passa a mesma coisa com a preferência dada
ao médium pelos bons Espíritos.
Os bons Espíritos se comunicam mais ou menos de boa vontade por tal ou tal médium, segundo sua simpatia pelo próprio Espírito destes. O que constitui a
qualidade de um médium não é a facilidade com a qual este obtém comunicações, mas sua aptidão para receber
os bons e para não ser o joguete de Espíritos
levianos ou enganadores.
Os médiuns que mais deixam a desejar, do ponto
de vista moral, recebem algumas vezes muito boas comunicações, que só podem vir de bons espíritos,
o que não é de admirar.
São freqüentemente do interesse do médium e para lhe dar sábias advertências. Se este não as aproveita, é mais culpado, pois escreve a sua própria condenação.
Deus, cuja bondade é infinita, não pode recusar assistência àqueles que têm mais necessidade.
O virtuoso missionário que vai moralizar os criminosos não faz nada mais do que fazem os bons Espíritos
com os médiuns imperfeitos.
Por outro lado, os bons Espíritos, querendo dar um ensinamento útil a todos, servem-se do instrumento
que tiverem à mão; mas o abandonam quando acham outro, que lhes é mais simpático e que aproveita suas lições. Retirando-se os bons Espíritos, os espíritos inferiores, pouco interessados nas qualidades morais,
que aliás os incomodam têm, então, o campo livre.
Resulta disso que os médiuns moralmente imperfeitos
e que não se emendam, mais cedo ou mais tarde serão dominados pelos maus Espíritos que, muitas vezes, os conduzem à ruína e às maiores infelicidades ainda neste mundo. Quanto à sua faculdade, bela como era, e que assim permaneceria, perverte-se pelo abandono dos bons Espíritos e acaba por extinguir-se.
Extraído do livro “Iniciação Espírita” de Allan Kardec

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