segunda-feira, 23 de maio de 2011



Extensão da alma
       “... Amai, pois, vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma; desconhecer as necessidades que são indicadas pela própria Natureza é desconhecer a lei de Deus. Não o castigueis pelas faltas que o vosso livre-arbítrio fê-lo cometer, e das quais ele é tão irresponsável como o é o cavalo mal dirigido, pelos acidentes que causa...”

       Ele se densificou moldado por nossos pensamentos, obras e crenças mais íntimas.
       Extensão da própria alma, ele é a parte materializada de nós mesmos e que nos serve de conexão com a vida terrena.
       Há quem o despreze, dizendo que todas as tentações e desas­tres morais provêm de suas estruturas intrínsecas, e o culpe pelas quedas de ordem sexual e pelos transtornos afetivos, esquecendo-se de que ele apenas expressa a nossa vida mental.
       Foi considerado, particularmente na Idade Média, como o próprio instrumento do demônio, que impunha à alma, nele encar­cerada, o cometimento dos maiores desatinos e desastres morais.
       Se cuidado e bem tratado, era isto atribuído aos vaidosos e concupiscentes; se macerado e flagelado, era motivo de regozijo dos tementes a Deus e cultivadores da candidatura ao reino dos céus. Essas crenças neuróticas do passado afiançavam que, quanto maiores as cinzas que o cobrissem e quanto mais agudas as dores que o afligissem, mais alto o espírito se sublimaria, alcançando assim os píncaros da evolução.
       Porém, não é propriamente nosso corpo o responsável pe­las intenções, emoções e sentimentos que ressoam em nossos atos e atitudes, mas nós mesmos, almas em processo de aprendizagem e educação.
Nossos pensamentos determinam nossa vida e, conseqüen­temente, são eles que modelam nosso corpo. Portanto, somos nós, fisicamente, o produto do nosso eu espiritual.
A crença em anjos rebeldes destinados eternamente a induzir as almas a pecar, tira-nos a responsabilidade pelas próprias ações, e ficamos temporariamente na ilusão de que os outros é que coman­dam nossos feitos, atuações e inclinações, e não nós mesmos, os verdadeiros dirigentes de nosso destino.
Corpo e alma unidos a serviço da evolução, eis o que deter­mina a Natureza.
Nosso físico não é apenas um veículo usável, mas também a parte mais densa da alma. Não o separemos, pois, de nós mesmos, porque, apesar de sua matéria ficar na Terra no processo da morte física, é nele que avaliamos as sensações do abraço de mãe, do ósculo afetivo e das mãos carinhosas dos amigos. Através dele é que podemos identificar angústias e aflições, que são bússolas a nos indicar que, ou quando, devemos mudar nossa maneira de agir e pensar, para que possamos percorrer caminhos mais adequados do que os que vivemos no momento.
A lei divina não nos pede sofrimento para que cresçamos e evoluamos; pede-nos somente que amemos cada vez mais. Cuide­mos, pois, de nosso corpo e o aceitemos plenamente. Ele é o instrumento divino que Deus nos concede para que possamos apren­der e amar cada vez mais.

LIVRO: RENOVANDO ATITUDES
FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO
DITADO PELO ESPÍRITO HAMMED

Paz e Luz


Mensagem enviada por um grande amigo Haroldo Muller...

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