Entrevista com Divaldo Pereira
Franco, com importantes informações acerca dos chamados gnomos, trasgos,
duendes, elfos, etc. Vale lembrar que dentro da Codificação Espírita, estes
seres são denominados como Espíritos Elementares, fruto de estudo e pesquisa
realizadas por Allan kardec, médiuns e espíritos que o auxiliaram a 'trazer' as
obras Básicas da Codificação e os números da Revista Espírita. Diante destas
pesquisas, Allan kardec pôde assimilar muitas coisas, dentre elas que nada de
místico há. Para a Doutrina Espírita, portanto, Elementais são designados de
Espíritos Elementares. A razão desta re-nomeação, deve-se ao fato de que a
partir de então especificousse suas características reais e não fruto de
folclore, lendas ou imaginações diversas.*
- Existem os chamados Espíritos elementais ou
Espíritos da Natureza?
Divaldo P. Franco – Sim, existem os espíritos que
contribuem em favor do desenvolvimento dos recursos da Natureza. Em todas as
épocas eles foram conhecidos, identificando-se através de nomenclatura variada,
fazendo parte mitológica dos povos e tornando-se alguns deles ‘deuses’ , que se
faziam temer ou amar.
- Qual é o estágio evolutivo desses espíritos?
DPF – Alguns são de elevada categoria e comandam os menos evoluídos, que se
lhes submetem docilmente, elaborando em favor do progresso pessoal e geral, na
condição de auxiliares daqueles que presidem aos fenômenos da Natureza.
- Então eles são submetidos hierarquicamente a outra ordem mais elevada
de Espíritos?
DPF – De acordo com o papel que desempenham, de maior ou menor
inteligência, tornam-se responsáveis por inúmeros fenômenos ou contribuem para
que os mesmos aconteçam. Os que se fixam nas ocorrências inferiores, mais
materiais, são, portanto, pela própria atividade que desempenham, mais atrasados
submetidos aos de grande elevação, que os comandam e orientam.
- Estes
Espíritos se apresentam com formas definidas, como por exemplo fadas, duendes,
gnomos, silfos, elfos, sátiros, etc?
DPF – Alguns deles, senão a grande
maioria dos menos evoluídos, que ainda não tiveram reencarnações na Terra,
apresentam-se, não raro, com formas especiais, pequena dimensão, o que deu
origem aos diversos nomes nas sociedades mitológicas do passado. Acreditamos
pessoalmente, por experiências mediúnicas, que alguns vivem o Período
Intermediários entre as formas primitivas e hominais, preparando-se para futuras
reencarnações humanas.
- Quer dizer que já passaram ou passam, como nós,
Espíritos humanos, por ciclos evolutivos, reencarnações?
DPF – A
reencarnação é lei da Vida através de cujo processo o psiquismo adquire
sabedoria e ‘desvela o seu Deus interno’. Na questão no. 538 de O Livro dos
Espíritos, Allan Kardec interroga: “Formam categoria especial no mundo espírita
os Espíritos que presidem os fenômenos da Natureza? Serão seres à parte ou
Espíritos que foram encarnados como nós?” E os Benfeitores da Humanidade
responderam: “Que foram ou que serão”.
- Algum dia serão ou já foram
homens terrestres?
DPF – Os mais elevados já viveram na Terra, onde
desenvolveram grandes aptidões. Os outros, menos evoluídos, reencarnar-se-ão na
Terra ou outros mundos, após se desincumbirem de deveres que os credenciem moral
e intelectualmente, avançando sempre, porque a perfeição é meta que a todos os
seres está destinada.
- O elementais são autóctones ou vieram de outros
planetas?
DPF – Pessoalmente acreditamos que um numero imenso teve sua
origem na Terra e outros vieram de diferentes mundos, a fim de contribuírem com
o progresso do nosso planeta.
- Que tarefas executam?
DPF –
Inumeráveis. Protegem os vegetais, os animais, os homens. Contribuem para
acontecimentos diversos: tempestades, chuvas, maremotos, terremotos...
interferindo nos fenômenos “normais” da Natureza sob o comando dos Engenheiros
Espirituais que operam em nome de Deus, que “não exerce ação direta sobre a
matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos”,
como responderam os Venerandos Guias a Kardec, na questão 536-b de “O Livro dos
Espíritos”.
- Todos eles sabem manipular conscientemente os fluidos da
Natureza?
DPF – Nem todos. Somente os condutores sabem o que fazem e para o
que fazem, quando atuam nos elementos da Natureza. Os mais atrasados “oferecem
utilidade ao conjunto” não suspeitando sequer que são “Instrumentos de Deus”.
- Nós não os vemos normalmente. Isto significa que não se revestem de
matéria densa?
DPF – O conceito de matéria na atualidade, é muito amplo. A
sua “invisibilidade” aos olhos humanos, a algum indivíduo, demonstra que sejam
constituídos de maneira equivalente aos demais espíritos da Criação.
Encontram-se em determinada fase de desenvolvimento, que são perceptíveis
somente aos médiuns, as pessoas de percepção especial, qual ocorre também com os
Espíritos Nobres, que não são detectados por qualquer pessoa destituída de
faculdade mediúnica.
- Qual é o habitat natural desses Espíritos?
DPF – A erraticidade, o mundo dos Espíritos , pertencendo a uma classe
própria e, portanto, vivendo em regiões compatíveis ao seu grau de evolução.
“Misturam-se” aos homens e vivem, na grande maioria, na própria Natureza, que
lhes serve de espaço especial.
- Uma das grandes preocupações da
humanidade, atualmente, é a preservação do equilíbrio ecológico. Qual a atitude
ou providência que tomam quando a Natureza é desrespeitada pelos homens?
DPF
– Quando na infância do desenvolvimento, susceptíveis às reações mais
primitivas, tornam-se agressivos e revoltados. À medida que evoluem, fazem-se
benignos e se apiedam dos adversários da vida em qualquer forma pela qual esta
se expressa. Assim, inspiram a proteção à Natureza, o desenvolvimento de
recursos que a preservem, , a sua utilização nobre em favor da vida em geral, em
suma, “fazem pela Natureza o que gostariam que cada qual fizesse por si
mesmo”.
*Nossa nota (Fiorella
Romana).
Transcrito da Revista Allan Kardec
ano V - agosto a
outubro/92
(atualizado em 19-10-08)
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